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Por ampla maioria e com votos também da oposição, Câmara dos Deputados aprova projeto que prevê o controle estatal da empresa, uma subsidiária do grupo espanhol Repsol.
A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou na noite desta quinta-feira (03/05), por ampla maioria, o projeto de expropriação da empresa petrolífera YPF, enviado pelo governo da presidente Cristina Fernández de Kirchner.
Com amplo apoio também da oposição, a casa parlamentar aprovou a proposta com 207 votos a favor, 32 contra e 6 abstenções. Como os senadores já haviam votado a favor do projeto, ele agora aguarda sanção da presidente para virar lei.
"A partir de hoje, na Argentina, o petróleo deixa de ser uma commodity para a YPF. O petróleo passa a ser o insumo básico para o crescimento e o desenvolvimento econômico do país", declarou o deputado Agustín Rossi, líder da bancada governista na Câmara.
O projeto declara como sendo de "utilidade pública e sujeitas a expropriação" 51% das ações da YPF controladas pela Repsol, que tem uma participação total de 57,43% na petrolífera argentina. Os outros acionistas são o grupo argentino Petersen (25,46%) e o Estado argentino (0,02%), enquanto os restantes 17,09% estão cotados nas Bolsas de Buenos Aires e Nova Iorque.
Kirchner havia anunciado o plano de desapropiração em meados de abril, acusando a Repsol de não investir o suficiente para aumentar sua produção de hidrocarbonetos no país, que há anos sofre com problemas de abastecimento de energia. A YPF era uma empresa estatal e foi privatizada em 1992.
AS/lusa/dpa - Revisão: Nádia Pontes
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