Jornal de Negócios - Lusa, com foto
O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, classificou hoje a resolução do PSD para o crescimento económico como uma "hipocrisia" e um documento "absolutamente irrelevante", desafiando os sociais-democratas a apoiarem a proposta de ato adicional ao tratado orçamental.
"O projecto de resolução apresentado pelo PSD é uma hipocrisia, o PSD podia ter votado há algumas semanas um projecto de resolução que era efectivo, que tinha consequências, que propunha que o Governo trabalhasse para que um ato adicional pudesse dar ao tratado orçamental uma outra capacidade de promover crescimento e emprego", afirmou o presidente da bancada socialista, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
Afastando indirectamente qualquer entendimento com o PS, Carlos Zorrinho disse mesmo que o projecto de resolução que o PSD irá apresentar quarta-feira faz pensar que o partido está "a brincar com os portugueses, com um documento que é semântico e absolutamente irrelevante no seu conteúdo".
Por isso, acrescentou, se o PSD quer efectivamente apoiar as famílias, deve votar a resolução que o PS vai reagendar e que propõe um ato adicional ao tratado orçamental.
Considerando irrelevante se o PSD retira ou não o seu projecto de resolução, na medida em que é "semântico e inconsequente", o líder parlamentar socialista insistiu no desafio aos sociais-democratas para que haja uma "grande convergência" em torno do acto adicional ao tratado europeu.
Questionado se o PS não reconhece o esforço de convergência do PSD em matéria fiscal, Carlos Zorrinho contrapôs o que são as "palavras" e o que são os "actos".
"Para ter alguma eficácia aquilo que o PSD propõe é preciso que haja uma alteração ao tratado. A questão não está nas palavras, não está na semântica, está na prática. A prática só tem consequências concretas para as pessoas se de facto isso levar a uma alteração do tratado", insistiu.
A este propósito, o líder parlamentar do PS recordou que o novo presidente francês, François Hollande, "quer a alteração do tratado", ao contrário da chanceler alemão Angela Merkel.
"A questão é de que lado está Portugal, de que lado está o PSD, de que lado está o CDS? Essa é a questão fundamental", disse.
Quanto às alterações que o PS vai introduzir no projecto de resolução que propõe um ato adicional ao tratado europeu, Carlos Zorrinho adiantou que são questões de pormenor e que "o essencial da resolução manter-se-á".
Em declarações à Lusa hoje de manhã, o vice-presidente da bancada do PSD António Rodrigues disse acreditar na possibilidade de entendimento com o PS depois de ter apresentado propostas para o crescimento económico num projecto de resolução a discutir na quarta-feira, no Parlamento.
Tivemos o cuidado de ir ao encontro de um conjunto de propostas que o PS também tem e com o qual nos identificamos", disse, apontando como principal divergência entre os dois partidos aquilo que é o papel do Banco Central Europeu.
O projecto inicial do PS, apresentado em Abril, visava a negociação de um "protocolo adicional" ao Tratado Orçamental da União Europeia, com medidas como o reforço do papel do BCE, a assunção pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira e, futuramente, pelo Mecanismo Europeu de Estabilização, de um "papel activo de garantia na emissão de dívida soberana nacional e, em determinadas circunstâncias, de emissão de dívida mutualizada", além da criação de uma Agência Europeia de Gestão de Dívida".
Afastando indirectamente qualquer entendimento com o PS, Carlos Zorrinho disse mesmo que o projecto de resolução que o PSD irá apresentar quarta-feira faz pensar que o partido está "a brincar com os portugueses, com um documento que é semântico e absolutamente irrelevante no seu conteúdo".
Por isso, acrescentou, se o PSD quer efectivamente apoiar as famílias, deve votar a resolução que o PS vai reagendar e que propõe um ato adicional ao tratado orçamental.
Considerando irrelevante se o PSD retira ou não o seu projecto de resolução, na medida em que é "semântico e inconsequente", o líder parlamentar socialista insistiu no desafio aos sociais-democratas para que haja uma "grande convergência" em torno do acto adicional ao tratado europeu.
Questionado se o PS não reconhece o esforço de convergência do PSD em matéria fiscal, Carlos Zorrinho contrapôs o que são as "palavras" e o que são os "actos".
"Para ter alguma eficácia aquilo que o PSD propõe é preciso que haja uma alteração ao tratado. A questão não está nas palavras, não está na semântica, está na prática. A prática só tem consequências concretas para as pessoas se de facto isso levar a uma alteração do tratado", insistiu.
A este propósito, o líder parlamentar do PS recordou que o novo presidente francês, François Hollande, "quer a alteração do tratado", ao contrário da chanceler alemão Angela Merkel.
"A questão é de que lado está Portugal, de que lado está o PSD, de que lado está o CDS? Essa é a questão fundamental", disse.
Quanto às alterações que o PS vai introduzir no projecto de resolução que propõe um ato adicional ao tratado europeu, Carlos Zorrinho adiantou que são questões de pormenor e que "o essencial da resolução manter-se-á".
Em declarações à Lusa hoje de manhã, o vice-presidente da bancada do PSD António Rodrigues disse acreditar na possibilidade de entendimento com o PS depois de ter apresentado propostas para o crescimento económico num projecto de resolução a discutir na quarta-feira, no Parlamento.
Tivemos o cuidado de ir ao encontro de um conjunto de propostas que o PS também tem e com o qual nos identificamos", disse, apontando como principal divergência entre os dois partidos aquilo que é o papel do Banco Central Europeu.
O projecto inicial do PS, apresentado em Abril, visava a negociação de um "protocolo adicional" ao Tratado Orçamental da União Europeia, com medidas como o reforço do papel do BCE, a assunção pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira e, futuramente, pelo Mecanismo Europeu de Estabilização, de um "papel activo de garantia na emissão de dívida soberana nacional e, em determinadas circunstâncias, de emissão de dívida mutualizada", além da criação de uma Agência Europeia de Gestão de Dívida".
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