Agência Efe, Moscou – Opera Mundi
Para chanceler, alguns países se aproveitam de atentados terroristas como desculpa para apressar medidas militares
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou potências estrangeiras ocidentais e a oposição da Síria de obstruir o cumprimento do plano de paz do enviado da ONU, Kofi Annan.
"Nos preocupa que alguns países comecem a utilizar estes fatos (atentados terroristas na Síria) como desculpa para apresentar exigências sobre a necessidade de medidas militares", disse Lavrov nesta terça-feira (29/05), citado por agências de notícias russas.
Lavrov denunciou que esses países "tentam exercer pressão sobre o Conselho de Segurança da ONU e, a julgar pelo que vimos até aqui, o plano de Annan os incomoda".
O chefe da diplomacia russa assegurou que as potências que respaldam a oposição síria se comportam "como se o Conselho de Segurança não tivesse ordenado a investigação" pelo massacre ocorrido na localidade árabe de Houla, localizada próxima a Homs, principal reduto rebelde.
Lavrov mencionou o problema dos refugiados como outra desculpa que pode ser utilizada pelas potências estrangeiras para exigir que o Conselho de Segurança da ONU aprove as operações militares no país árabe.
Em relação a essa questão, cifrou em 150 mil o número de refugiados que abandonaram Síria desde a explosão do conflito há mais de um ano.
"Nos preocupa que alguns países comecem a utilizar estes fatos (atentados terroristas na Síria) como desculpa para apresentar exigências sobre a necessidade de medidas militares", disse Lavrov nesta terça-feira (29/05), citado por agências de notícias russas.
Lavrov denunciou que esses países "tentam exercer pressão sobre o Conselho de Segurança da ONU e, a julgar pelo que vimos até aqui, o plano de Annan os incomoda".
O chefe da diplomacia russa assegurou que as potências que respaldam a oposição síria se comportam "como se o Conselho de Segurança não tivesse ordenado a investigação" pelo massacre ocorrido na localidade árabe de Houla, localizada próxima a Homs, principal reduto rebelde.
Lavrov mencionou o problema dos refugiados como outra desculpa que pode ser utilizada pelas potências estrangeiras para exigir que o Conselho de Segurança da ONU aprove as operações militares no país árabe.
Em relação a essa questão, cifrou em 150 mil o número de refugiados que abandonaram Síria desde a explosão do conflito há mais de um ano.
"Por que então calam que na mesma Síria se encontram quase um milhão de refugiados do Iraque e cerca de meio milhão de palestinos? Esses números são incomparáveis com o que ocorreu como resultado do êxodo de uma parte da população síria", assinalou.
Além disso, criticou também a declaração de um dos líderes do grupo opositor CNS (Conselho Nacional Sírio), Burhan Galion, que pediu aos rebeldes que prossigam a luta armada contra o regime de Bashar al Assad.
Na opinião de Lavrov, a postura da oposição síria "é uma direta instigação à guerra civil e saiu da boca de um dos dirigentes do CNS, com o apoio de alguns países da região que querem aglutinar toda oposição síria".
O ministro russo afirmou que isto vai contra os pontos do plano de Annan, para o qual se necessita uma plataforma opositora para o diálogo, não uma plataforma para a guerra civil.
Lavrov advertiu que o conflito sírio já afeta outros países do Oriente Médio, como o Líbano, e, por isso, solicitou que as potências mostrem "máxima responsabilidade e não botem lenha na fogueira, mas, ao contrário, tentem apagá-la".
O chefe da diplomacia russa antecipou que falará nesta tarde por telefone com Annan para conhecer os resultados de sua visita a Damasco, onde reúne-se hoje com Assad.
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