Jornal de Notícias – ontem – foto Reinaldo Rodrigues – Global Imagens
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse, este sábado, em Lisboa, que o programa de assistência financeira, que considera ser "um pacto de agressão", "inferniza a vida dos portugueses", que está "pior do que há um ano".
Jerónimo de Sousa participou hoje na manifestação do Partido Comunista Português, cujos militantes e apoiantes marcharam do Cais do Sodré até aos Restauradores, em Lisboa, onde o secretário-geral do PCP proferiu um discurso.
Denunciando a "política de rapina" implementada pela 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), Jerónimo de Sousa afirmou que nunca aceitará "ver Portugal transformado num protetorado das principais potências europeias".
"Um ano depois dessa vergonhosa ingerência externa a que PS, PSD e CDS submeteram o país, Portugal está mais endividado e dependente, afundado numa recessão económica sem precedentes, traduzida num aumento exponencial do desemprego e no encerramento de empresas", acusou o secretário-geral do PCP, diante de algumas centenas de pessoas que se juntaram na Praça dos Restauradores, em Lisboa.
Jerónimo de Sousa também deixou um recado ao PS, considerando que a agenda do crescimento que tem vindo a ser proposta pelo Partido Socialista é apenas "uma manobra".
"Falar de emprego e crescimento sem tocar no pacto orçamental, sem beliscar as medidas draconianas da governação económica é o mesmo que cobrir um chocolate de cianeto: fica mais doce, mas mata na mesma", reiterou.
Como alternativas, o PCP sugere um processo imediato de renegociação da dívida pública, a nacionalização da banca, o apoio à produção nacional, a reposição dos direitos e dos rendimentos cortados, a suspensão imediata das privatizações e ainda a renúncia às obrigações de governação económica e às normas do tratado orçamental.
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