COMPACTO DE NOTÍCIAS DA AGÊNCIA LUSA
PD quer criar linha de crédito para financiar estudantes universitários
23 de Junho de 2012, 17:46
*** Serviço vídeo disponível em www.lusa.pt *** Díli, 23 jun (Lusa) - O presidente do Partido Democrático de Timor-Leste, Fernando La Sama de Araújo, disse que se vencer as legislativas de 07 de julho os estudantes vão beneficiar de uma linha de crédito para frequentarem as universidades.
Em entrevista à agência Lusa, Fernando La Sama de Araújo admitiu que os programas de quase todos os partidos candidatos às eleições são iguais, mas que o PD se destaca por querer acelerar o desenvolvimento e criar uma linha de crédito para os estudantes sem dinheiro frequentarem o ensino superior.
O PD é considerado o partido dos jovens e nas legislativas de 2007 ficou em quarto lugar com 11,30 por cento dos votos, tendo integrado a coligação governamental da Aliança da Maioria Democrática, chefiada por Xanana Gusmão e que governou o país nos últimos cinco anos.
"Como é um país novo, todos os partidos políticos estão a falar da educação, também o PD fala da educação, infraestruturas, agricultura, saúde e da boa governação", disse.
Para Fernando La Sama de Araújo, o PD é "diferente dos outros", porque "aposta na aceleração do desenvolvimento, porque os velhos querem assistir, ver com os seus próprios olhos o desenvolvimento do país".
"Apostamos muito na educação e vamos criar subsídios para as crianças entre a escola primária e secundária. Para os universitários, vamos criar uma linha de crédito para estudarem e só depois de conseguirem trabalho é que pagam", disse Fernando La Sama de Araújo.
Segundo o também presidente do parlamento timorense, esta é uma forma de "garantir a igualdade de oportunidades para todos".
"Se não avançarmos com esta ideia, então há lamentações de que os filhos dos diretores, dos ministros e dos deputados têm mais vantagem do que o filho do maubere descalço que não tem oportunidades, nem dinheiro para sustentar os seus filhos nas universidades", afirmou.
Concorrem às terceiras legislativas de Timor-Leste 21 partidos e coligações, que se encontram em campanha eleitoral até 04 de julho.
MSE.
PD disponível para coligações com CNRT e Fretilin
23 de Junho de 2012, 17:46
*** Serviço vídeo disponível em www.lusa.pt *** Díli, 23 jun (Lusa) - O presidente do Partido Democrático (PD) de Timor-Leste, Fernando La Sama de Araújo, disse estar disponível para coligações com os partidos de Mari Alkatiri e de Xanana Gusmão ou a convidar os dois para integrar um futuro Governo.
"Declaramos que estamos sempre abertos a coligações. Coligação com a Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente) ou com o CNRT (Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste)", afirmou em entrevista à agência Lusa Fernando La Sama de Araújo.
Timor-Leste realiza eleições legislativas a 07 de julho com a participação de 21 partidos e coligações, que se encontram em campanha eleitoral até 04 de julho.
O também presidente do parlamento timorense garantiu que até ao momento não tem um compromisso com o CNRT ou com a Fretilin.
"Esperamos os resultados dos votos, das eleições, para decidir qual é a forma da coligação. Avançamos com a CNRT, com a Fretilin ou pode ser com os dois. Convidar os dois a juntar-se ao PD para desenvolver este país", disse.
Questionado sobre as vantagens que terá com o apoio expresso ao PD do ex-Presidente José Ramos-Horta, que tem participado em ações de campanha do partido, La Sama explicou que juntos podem ter 170 mil votos.
"Estamos a falar ao povo para continuar a dar o voto ao José Ramos-Horta, um voto de confiança", disse.
Segundo Fernando La Sama de Araújo, nas eleições presidenciais de março e abril ambos tiveram cerca de 80.000 votos.
"Também contamos com os votos do Dr. Abílio de Araújo. Se juntarmos isso, já temos quase 170 mil votos e podemos afirmar que é o partido mais votado", afirmou.
O empresário timorense Abílio Araújo foi outro candidato às presidenciais que se juntou agora a José Ramos-Horta e ao PD para a campanha eleitoral para as legislativas.
Sobre a campanha, La Sama de Araújo disse estar orgulhoso da forma como está a decorrer.
"É um orgulho para nós timorenses e para a liderança timorense. É um país novo, mas o povo está bem amadurecido nas eleições", disse, apelando ao povo e aos líderes políticos para "cuidarem bem" da atual situação.
MSE.
Perfil: "La Sama", da prisão até ao parlamento
23 de Junho de 2012, 17:46
Lisboa, 23 jun (Lusa) -- Fernando de Araújo, 48 anos, desde muito jovem envolvido na causa da libertação de Timor-Leste como líder na clandestinidade, passou pelos cárceres indonésios, mantém a disciplina dos tempos da ocupação e é a segunda figura do Estado timorense.
No verão de 1998, numa casa clandestina em Jacarta, Fernando Araújo, o líder da Renetil, estrutura juvenil da resistência timorense que agregava os estudantes timorenses no interior e na diáspora, explicava a jornalistas que o processo de reformas, na altura em curso na Indonésia, podia ajudar a mudar o destino dos timorenses.
Na altura disse ainda que a causa timorense estava a contar, cada vez mais, com o apoio de universitários indonésios, descontentes com a ditadura de Jacarta apesar de mostrar reservas em relação aos militares que ainda detinham o poder.
Preso em 1991, e julgado por crimes contra o Estado indonésio, passou seis anos e quatro meses na cadeia de Cipinang, em Jacarta, a mesma onde estava o líder histórico da resistência timorense, Xanana Gusmão.
"Foi nos anos de Cipinang que aprendi com Xanana e outros prisioneiros políticos. A minha formação política vem de Cipinang", disse Fernando Araújo, que após o referendo de 1999 funda o Partido Democrático (PD) que conseguiu marcar o espectro político timorense em várias eleições legislativas e presidenciais.
Após ter sido libertado, manteve os contactos em Jacarta onde coordenava os jovens da rede clandestina que se estendia de Timor à Austrália e Portugal e à Indonésia, onde residia a maior parte dos estudantes timorenses.
Araújo, um homem calmo e organizado, natural de Ainaro, testemunhou aos 12 anos o massacre de 18 familiares pelo exército indonésio, episódio que marcou o empenhamento político dos anos seguintes.
Nas legislativas de junho de 2007, foi eleito deputado à frente do PD e na primeira sessão da assembleia, foi escolhido como presidente do Parlamento Nacional de Timor-Leste, derrotando Aniceto Guterres, proposto pela FRETILIN.
Como segunda figura do Estado, "La Sama" substituiu o Presidente da República, José Ramos-Horta, ferido num ataque a 11 de fevereiro de 2008, ficando como Presidente em exercício durante dois meses.
Parte para as eleições de 07 de julho sem condições prévias em relação aos outros partidos que possam integrar uma eventual coligação de poder e sobre a campanha eleitoral, Fernando "La Sama" de Araújo disse estar orgulhoso da forma como está a decorrer.
"É um orgulho para nós timorenses e para a liderança timorense. É um país novo, mas o povo está bem amadurecido", disse hoje à Lusa, apelando à população e aos líderes políticos para "cuidarem bem" da atual situação.
PSP (SBR/MSE).
Próximos cinco anos são para construir infraestruturas - Xanana Gusmão
22 de Junho de 2012, 17:46
*** Serviços vídeo e áudio disponíveis em www.lusa.pt *** Díli, 22 jun (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, que se recandidata ao cargo nas legislativas de 07 de julho, disse em entrevista à agência Lusa que o próximo mandato servirá para a construção de estradas, ponte, portos e aeroportos.
"O mandato que vem a seguir, se assegurarmos a vitória, vai ser de estradas, pontes, portos e aeroportos", afirmou Xanana Gusmão.
Segundo o primeiro-ministro timorense, presidente do Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), que lidera a coligação governamental no poder nos últimos cinco anos, o programa do partido vai continuar a apostar no setor agropecuário e na industrialização da pesca e pecuária e no turismo.
Outro destaque no programa de governo do CNRT para os próximos cinco anos é o Projeto Tasi Mane.
"Ai somos inabaláveis", afirmou Xanana Gusmão.
O Projeto Tasi Mane tem como principal objetivo desenvolver a costa sul do país através da indústria petrolífera e inclui a construção de três grupos industriais, que serão a espinha dorsal daquele setor empresarial do país.
Tasi Mane inclui a base de fornecimento do Suai, a refinaria de Betano e um grupo de indústria petroquímica.
Para concretizar o projeto, as autoridades timorenses precisam de chegar a acordo com a empresa petrolífera australiana sobre a construção de um gasoduto do Greater Sunrise para a costa sul timorense.
A exploração do campo de gás Greater Sunrise, situado no Mar de Timor, divide a petrolífera australiana Woodside e as autoridades de Timor-Leste.
Enquanto a empresa australiana defende a exploração numa plataforma flutuante, Timor-Leste insiste em ter um gasoduto e uma fábrica de processamento de gás natural na costa sul do país, com o objetivo de criar postos de trabalho e desenvolver aquela região.
"Não exigimos pressa para não tomarmos decisões de que depois nos viríamos a arrepender. Queremos sentar-nos à mesa com os dados e não sentar-nos à mesa apenas com a intenção e o desejo de trazermos o 'pipeline' para aqui. Queremos sentar-nos na mesa com os dados concretos, cientificamente elaborados de que isso se pode fazer", explicou Xanana Gusmão, em declarações anteriores à agência Lusa.
Numa mensagem para o dia 07 de julho, o primeiro-ministro disse que a democracia pede consciência na escolha e uma cultura de paz e entendimento.
Sobre o apoio do ex-Presidente timorense José Ramos-Horta ao Partido Democrático, Xanana Gusmão disse que está mais preocupado em apresentar o programa do partido ao povo.
"Eu acredito que cada ator político em Timor-Leste, cada um, procura dar o melhor e escolhe a melhor opção de oferecer o seu contributo. Numa visão rápida só posso dizer assim. Para participar democraticamente no processo político, é preciso optar sempre por ter um partido", disse.
Às legislativas de 07 de julho concorrem 21 partidos e coligações, que vão disputar os 65 lugares no parlamento timorense. A campanha eleitoral termina a 04 de julho.
MSE.
Representante da ONU destaca que campanha eleitoral está a decorrer sem incidentes
19 de Junho de 2012, 19:52
Díli, 19 jun (Lusa) - O representante do secretário-geral da ONU para Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen, elogiou hoje partidos políticos e a polícia timorenses pela forma pacífica como está a decorrer a campanha eleitoral para as legislativas de 07 de julho.
"A campanha eleitoral está a correr bem e desde que começou não foi registado um único incidente. Este é um crédito para os partidos, líderes políticos e Polícia Nacional de Timor-Leste pela forma como está a planear as operações de segurança", afirmou Finn Reske Nielsen.
A campanha eleitoral começou no passado dia 05 e termina a 04 de julho.
Candidataram-se às terceiras legislativas timorenses 21 partidos e coligações.
O também chefe da Missão Integrada da ONU para Timor-Leste falava durante a cerimónia de entrega de material eleitoral ao Secretariado Técnico de Apoio Eleitoral (STAE) timorense.
O STAE recebeu cinco mil unidades de tinta indelével, cartazes, t-shirts e coletes para os observadores nacionais e oficiais de votação.
O material foi doado com a contribuição de fundos dos governos do Japão e da Noruega, no âmbito da assistência técnica e operacional fornecida aos órgãos de administração eleitoral do país para o ciclo eleitoral.
"O STAE, em conjunto com a ONU, tem como único objetivo fazer eleições imparciais e transparentes", afirmou o diretor-geral daquele organismo, Tomás Cabral.
Tomás Cabral considerou também que as eleições em Timor-Leste vão servir como exemplo para os países da sub-região.
MSE.
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