Jornal de Negócios - Lusa
O ex-ministro dos negócios estrangeiros alemão Joschka Fischer afirmou hoje num artigo publicado no jornal Sueddetusche Zeitung, que a Europa "está em chamas, mas a chanceler Angela Merkel anda a tentar apagar o fogo com gasolina".
Na opinião de Fischer, a Europa "está à beira do abismo e cairá nele nos próximos meses, e só poderá mudar de rumo se Berlim e Paris chegarem a acordo sobre uma união fiscal".
O político ambientalista entende por união fiscal a compra ilimitada de dívida pública de países da moeda única pelo Banco Central Europeu e a mutualização das respectivas dívidas, através da emissão de "eurobonds".
No artigo para o jornal de Munique, o ex-chefe da diplomacia alemã diz ainda que os tempos que correm "são graves, muito graves", e exorta a coligação de centro direita liderada por Merkel a alterar a sua política europeia.
O porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, reagiu às posições de Fischer afirmando que a acção do executivo "não tem por objectivo destruir a Europa. O governo federal dá um grande contributo para o desenvolvimento da Europa, na crise actual".
No artigo no Sueddetusche Zeitung, Joschka Fischer defende que "a estratégia de austeridade de Merkel só agrava a crise financeira e conduz à depressão", lembrando que a mesma estratégia também não serviu para suplantar a grande crise económica mundial de 1929.
O político ambientalista refere ainda que, "se a Grécia se afundar no caos, haverá uma corrida aos bancos em Espanha, na Itália e em França que desencadeará uma avalancha capaz de soterrar a Europa".
Para Fischer, que foi ministro dos negócios estrangeiros do governo de social democratas e ambientalistas, entre 1998 e 2005, só a Alemanha pode garantir a sobrevivência da zona euro, e com o seu potencial económico deve financiar programas de crescimento.
Para isso, "vale a pena contrair mais dívidas", sublinhou.
Fischer escreve ainda que "nunca a Alemanha esteve tão isolada" e que "ninguém percebe a política dogmática" de Merkel.
"Na Europa acham que somos um condutor em contra-mão", afirmou o ex-MNE alemão.
O político ambientalista entende por união fiscal a compra ilimitada de dívida pública de países da moeda única pelo Banco Central Europeu e a mutualização das respectivas dívidas, através da emissão de "eurobonds".
No artigo para o jornal de Munique, o ex-chefe da diplomacia alemã diz ainda que os tempos que correm "são graves, muito graves", e exorta a coligação de centro direita liderada por Merkel a alterar a sua política europeia.
O porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, reagiu às posições de Fischer afirmando que a acção do executivo "não tem por objectivo destruir a Europa. O governo federal dá um grande contributo para o desenvolvimento da Europa, na crise actual".
No artigo no Sueddetusche Zeitung, Joschka Fischer defende que "a estratégia de austeridade de Merkel só agrava a crise financeira e conduz à depressão", lembrando que a mesma estratégia também não serviu para suplantar a grande crise económica mundial de 1929.
O político ambientalista refere ainda que, "se a Grécia se afundar no caos, haverá uma corrida aos bancos em Espanha, na Itália e em França que desencadeará uma avalancha capaz de soterrar a Europa".
Para Fischer, que foi ministro dos negócios estrangeiros do governo de social democratas e ambientalistas, entre 1998 e 2005, só a Alemanha pode garantir a sobrevivência da zona euro, e com o seu potencial económico deve financiar programas de crescimento.
Para isso, "vale a pena contrair mais dívidas", sublinhou.
Fischer escreve ainda que "nunca a Alemanha esteve tão isolada" e que "ninguém percebe a política dogmática" de Merkel.
"Na Europa acham que somos um condutor em contra-mão", afirmou o ex-MNE alemão.
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