quinta-feira, 21 de junho de 2012

Portugal: PS quer voltar a ouvir ministro no Parlamento após deliberação da ERC



ATF (PGR) – Lusa, com foto

Lisboa, 21 jun (Lusa) - O PS anunciou hoje que vai voltar a requerer a presença no parlamento do ministro Miguel Relvas, para esclarecer eventuais "comportamentos eticamente reprováveis" invocados pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) no caso com o jornal Público.

"Vamos chamar de novo o ministro ao parlamento. Na altura o nosso pedido foi recusado porque se estava à espera das conclusões da ERC, ora é a própria ERC que diz que poderá ter havido um ato reprovável ética e deontologicamente", salientou a vice-presidente da bancada socialista Inês de Medeiros.

A deputada do PS, que falava aos jornalistas à entrada para a reunião do grupo parlamentar, assinalou que a deliberação da ERC "assume que há uma série de contradições nas declarações do senhor ministro, tanto ao nível do que foi dito no parlamento como depois em audiência".

"Essas contradições levam a ERC a concluir que poderá haver um comportamento eticamente reprovável e que deve ser ponderado. Se é a própria ERC que o assume, então os esclarecimentos devem ser prestados aqui", defendeu, adiantando que o requerimento será entregue ainda hoje.

Numa deliberação emitida na quarta-feira, a ERC "não deu como provada a existência de pressões ilícitas" sobre o jornal Público por parte do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que tutela a comunicação social.

O conselho regulador da ERC considerou que "não se comprovaram as denúncias de que o ministro tenha ameaçado promover um 'blackout' informativo de todo o Governo em relação ao jornal, e divulgar na Internet um dado da vida privada" de uma jornalista do Público, Maria José Oliveira.

A ERC assinala, no entanto, o "tom exaltado" de Relvas e a ameaça de deixar de falar com o Público. Mas, apesar de admitir que este comportamento "poderá ser objeto de um juízo negativo no plano ético e institucional", a ERC considera que não lhe compete "pronunciar-se sobre esse juízo".

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Os senhores colocados na ERC pelo PSD, à medida das suas conveniências, sabem muito e não tornam público com a clareza devida o que consideram "comportamentos eticamente reprováveis”. Ora se são “eticamente reprováveis” devemos traduzir para a constatação de que a moral do ministro de Passos Coelho é abaixo de cão e que é esse exatamente o ministro que ele, como PM, defende, o que pode levar-nos ao raciocínio de que tanto é imoral um como outro. Tanto é de moral abaixo de cão um como o outro.

Aliás, não é por acaso que o governo de Passos Coelho tem por definição Bando de Mentirosos, desde quando é que mentirosos têm moral que não seja reprovável?

A acrescentar o ramalhete temos o pior PR que alguma vez a República Portuguesa manteve em Belém que sobre ocorrências tão gravosas se encolhe faz tabu e até protege o Bando de Mentirosos que fez constituir governo. Nada disto é novidade mas sim repulsivo. Um presidente, uma maioria, um governo. Uma desgraça para Portugal. (Redação PG – AV)

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