domingo, 24 de junho de 2012

São Tomé: Autoridades discutem formas de melhorar comunicações na ilha do Príncipe



MYB - Lusa

São Tomé 23 Jun (Lusa) - O Banco Mundial e os governos central e regional estão a estudar como melhorar as comunicações na ilha do Príncipe, à luz da conexão da ilha de São Tomé ao cabo submarino, disse à Lusa fonte na capital são-tomense.

Esta sexta-feira as autoridades do governo central e do Banco Mundial deslocaram-se à cidade de Santo António onde se reuniram com o governo da região autónoma do Príncipe, e concluíram que a metodologia a adotar "nesta primeira fase" é a instalação de feixe hertziano.

Mas os habitantes da região sentem-se excluídos deste processo que se iniciou há cerca de uma ano e as opções encontradas para se ultrapassar o problema não agradaram ao presidente do governo regional.

"Não compreendemos como é que ao tomarmos conhecimento que em São Tomé se vai instalar o cabo submarino, a ilha menor, já com a dupla insularidade fica de fora desse projeto. Nunca compreendemos isso", lamenta José Cardoso Cassandra.

"O Sr. presidente do governo regional está de facto a defender os interesses da região, acho que é legítima, mas nós apresentamos, esta como uma solução imediata e urgente para aumentar a capacidade neste momento que é uma demanda urgente que se coloca com a entrada do cabo" justificou Carlos Ferreira, conselheiro técnico do projeto são-tomense do cabo submarino.

Segundo uma fonte do Banco Mundial que financiou em 25 milhões de dólares a conexão de São Tomé ao cabo, a complementaridade dessa conexão da ilha do Príncipe custa ao Estado são-tomense mais de seis milhões de dólares norte-americanos.

Daí que a alternativa encontrada é a de feixe hertziano.

Mas o governo da ilha considera que essa alternativa não satisfaz as ambições da ilha, além do risco da sua queda constante.

"Gostaríamos também de fazer parte deste projeto, aliás no meu entender acho que Príncipe necessita mais destas melhorias que a ilha maior, dado o nosso isolamento", acrescentou o presidente do governo regional.

"Nós apresentamos várias hipóteses de conexão com a região, viemos aborda-las, discuti-las e ouvir as autoridades da região autónoma. Estamos convencidos que todos teremos que nos envolver para que tenhamos uma solução adequada, necessária para a região", apelou Carlos Ferreira, que foi ministro das telecomunicações de São Tomé e Príncipe.

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