sábado, 7 de julho de 2012

Angola: Ministra sugere inclusão da medicina tradicional no combate à pobreza



Angola Press

Malanje - A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, sugeriu hoje, sexta-feira, no sector do Quéssua, 11 quilómetros da cidade de Malanje, a inclusão da medicina tradicional nos cuidados primários de saúde, como forma de combater a pobreza nas comunidades.

A governante teceu estas considerações quando intervinha no acto de encerramento do Fórum Regional Sobre as Políticas de Medicina Tradicional e Práticas Complementares, que a província de Malanje acolheu hoje.

Rosa Cruz e Silva disse serem fundamentais as abordagens relacionadas à pesquisa, análise e aplicação de tratamentos caseiros, como forma de incentivar os terapeutas no curativo e progresso social das populações mais desfavorecidas.

“A medicina tradicional e a sua inclusão no sistema sanitário convencional tem a ver com as culturas das sociedades angolanas, nos seus diversos extractos sociais, com realce para o combate à fome e à pobreza nas comunidades rurais”, enfatizou.

A ministra afirmou que os passos de discussões sobre a integração do curativo caseiro no sistema de saúde científico reflectem a importância e valorização que o Governo Angolano tem a despeito desta cultura sanitária na intervenção de casos complexos na saúde convencional.

Disse, sem despromoção da assistência sanitária hospitalar, que o tratamento tradicional a nível das comunidades do país tem exercido um papel fundamental na cura de várias enfermidades de carácter costumeiro tradicional e não só.

“Ouvimos as declarações dos terapeutas que foram indicados hoje para intervenção sobre a abordagem do tema em análise e foram felizes nas suas declarações em darem testemunho e experiências dos seus conhecimentos. Concluímos que estamos todos num bom caminho”, ressaltou.

Rosa Cruz e Silva vaticinou melhores dias para os terapeutas nacionais e estrangeiros, que estão legalmente reconhecidos como instituições e parceiros do governo na intervenção de combate às pequenas e grandes endemias.

Por essa razão, solicitou a colaboração dos governos provinciais e administradores municipais a nível do país, no sentido de facilitarem a divulgação da medicina tradicional, como forma de contribuir no processo de integração desta arte no sistema de educação nacional.

Por seu turno, o sociólogo Simão Helena enalteceu os esforços do governo na congregação dos terapeutas tradicionais, para uma discussão nacional, como forma de ouvir todas as sensibilidades envolvidas no processo de tratamento caseiro.

Precisou que as propostas saídas do fórum vão possibilitar a união dos terapeutas na uniformização das técnicas de tratamento caseiro, numa mesma linguagem perceptiva e fundamentada com o sistema de saúde convencional.

O Fórum Regional Sobre Medicina Tradicional teve duração de apenas um dia e enquadrou-se na política nacional de medicina tradicional e práticas complementares (Ponmetra), numa promoção da Casa Civil da Presidência da República.

O evento decorreu sob o lema “O resgate e a valorização da medicina tradicional segura ao serviço da saúde” e analisou, além do papel da comunicação, temas como o fomento da agro-indústria para o processamento e transformação de fitoterápicos e outros produtos naturais, bem como o controlo e fiscalização na comercialização dos mesmos.

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