segunda-feira, 2 de julho de 2012

Portugal: APENAS 46% DOS DESEMPREGADOS AINDA RECEBE SUBSÍDIO




Margarida Bon de Sousa – i online

Rendimento de Inserção Social acaba por ser a tábua de salvação para cada vez mais portugueses

O número de pessoas a receber prestações de desemprego ultrapassava 375 mil em Maio, o que equivale a 46% do total de de-sempregados contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Dados divulgados pela Segurança Social referem que nessa altura existiam 375 240 beneficiários a receber subsídios relacionados com o desemprego, um número mais elevado que os 363 573 registados em Abril. Os últimos dados do INE apontam para uma taxa de desemprego de 14,9% da população activa no primeiro trimestre, o equivalente a um total de 819,3 mil desempregados.

Assim, o número de desempregados que não recebe subsídio atinge já os 444 060, ou seja 54,2% do total de pessoas que perderam o emprego. Os dados da Segurança Social incluem o subsídio de desemprego, que em Maio tinha um valor médio de 526,10 euros, o subsídio social de desemprego inicial (345,96 euros), o subsídio social de desemprego subsequente (361,94 euros) e o prolongamento do subsídio social de desemprego (311,50 euros).

Do total de beneficiários a receber este tipo de apoio, a maioria, ou seja, 306 547, usufrui do subsídio de desemprego. A região de Lisboa apresenta o valor médio do subsídio por beneficiário mais elevado, com 596,87 euros, seguida de Setúbal, com 561,44 euros, enquanto os montantes mais baixos foram registados nos Açores, com 470,12 euros e em Beja, com 480,52 euros.

Em Maio, os subsídios de desemprego foram atribuídos a 22 512 estrangeiros, contra 21 477 em Abril, a maior parte (6985) de nacionalidade brasileira, seguindo-se o conjunto dos países africanos de expressão portuguesa (PALOP), com 5733 beneficiários.

RSI Também o número de pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção voltou a aumentar em Maio, totalizando agora mais de 335 500 beneficiários, ou seja, mais 3736 do que em Abril. De notar que este apoio é a última tábua de salvação para as milhares de pessoas que não conseguem reentrar no mercado de trabalho e que entretanto perderam o direito a qualquer tipo de apoio estatal, tendo o perfil destes beneficiários mudado radicalmente no último ano. A classe média começa a entrar em força neste apoio.

Porto, Lisboa e Setúbal continuam a ser os distritos do país com mais pessoas abrangidas por este subsídio, respectivamente 100 778; 65 069 e 26 234. Na análise dos primeiros cinco meses do ano, constata-se que entre Janeiro e Maio houve um aumento de 17 216 beneficiários depois de, no primeiro mês do ano, estarem registados 318 360 beneficiários do RSI, o que representou um crescimento de 5,4%.

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