EL - Lusa, com foto
Luanda, 25 ago (Lusa) - A seis dias das eleições gerais em Angola, Luanda é hoje palco de uma manifestação do maior partido da oposição, a UNITA, e de uma tentativa de protesto, não autorizada, de ex-militares.
A iniciativa da UNITA visa protestar contra a forma como a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) está a organizar as eleições gerais do dia 31, enquanto os antigos combatentes, enquadrados pela Comissão dos Ex-Militares Angolanos (COEMA), pretendem protestar contra os atrasos, nalguns casos de 20 anos, do pagamento de pensões, subsídios e vencimentos.
Entre as críticas do partido do "Galo Negro" está a alegada filiação no MPLA da maioria dos que vão trabalhar nas mesas de voto, o facto de o atraso na divulgação dos cadernos eleitorais ter impedido as eventuais correções devidas e o facto de a metodologia de transmissão dos resultados eleitorais não estar prevista na lei.
A UNITA queixa-se ainda de a CNE não querer entregar cópia fiel dos resultados eleitorais aos representantes dos partidos políticos nas assembleias de voto, preferindo em alternativa a transcrição das atas.
A contratação de pessoas alegadamente ligadas aos serviços de segurança do Estado completa o rol de queixas do maior partido da oposição.
Quanto ao MPLA, que há uma semana garantiu que iria avançar com uma contramanifestação caso a UNITA insistisse em manifestar-se nas ruas da capital, na sexta-feira começou a ser anunciada a realização da denominada "Passeata da Família M", com concentração nos Comités de Ação do Partido (CAP), espalhados pela cidade.
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