sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Angola: ELIÇÕES ESTÃO VICIADAS, OPOSIÇÃO QUESTIONA PROCESSO ELEITORAL




Líder da UNITA "nada satisfeito" após reunião com a CNE

17 de Agosto de 2012, 17:53

Luanda, 17 ago (Lusa) - O líder da UNITA, Isaías Samakuva, saiu hoje "nada satisfeito" de uma reunião com o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola, dedicada às queixas de falta de transparência dirigidas pelo principal partido de oposição angolano ao órgão eleitoral.

Samakuva limitou-se a dizer aos jornalistas que não estava "nada satisfeito", à saída do encontro de cerca de duas horas com André Silva Neto, na sede da CNE, em Luanda.

Está prevista para hoje à tarde, uma conferência de imprensa de Júlia Ferreira, porta-voz da CNE, e de José Pedro Cachiungo, mandatário da UNITA.

O partido do 'Galo Negro' considera que a CNE está a organizar as eleições gerais de 31 de agosto em flagrante violação da Constituição e da Lei Eleitoral e, em consequência, decidiu convocar para o dia 25, seis dias antes do escrutínio, uma "manifestação popular".

A decisão saiu de uma prolongada reunião extraordinária de mais de 10 horas do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, quinta-feira em Luanda.

Em comunicado de imprensa, a UNITA salienta que, "depois de um debate profundo, o Comité Permanente concluiu que o processo eleitoral continua eivado de vícios e irregularidades em relação aos quais a Comissão Nacional Eleitoral foi devida e atempadamente alertada, sem que, até então, tenham merecido correção".

"Em face disso, o Comité Permanente decidiu convocar uma manifestação popular no dia 25 de agosto de 2012, com o objetivo de exigir que as Eleições se realizem de acordo com a lei", conclui a nota de imprensa.

O partido da oposição acusa a CNE de ter assinado, sem concurso público e por ajuste direto, um contrato de prestação de serviços com a empresa espanhola INDRA para fornecer os 13 milhões de boletins de voto, as cabinas, as atas síntese das operações eleitorais e o equipamento para os centros de escrutínio.

A escolha da INDRA suscitou fortes críticas da UNITA, que recordou o facto de em 2008 ter sido esta mesma empresa que forneceu os equipamentos e geriu o processamento do escrutínio, vencido pelo MPLA com 81,64 por cento dos votos.

EL/HB

UNITA insiste que processo eleitoral "não está bem" e CNE rejeita "ultimatos"

17 de Agosto de 2012, 21:42

Luanda, 17 ago (Lusa) - O mandatário da lista da UNITA, José Pedro Cachiungo, disse hoje que o processo eleitoral angolano "não está bem" e a porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Júlia Ferreira, afirmou que este órgão "não pode aceitar ultimatos".

No final de uma reunião, em Luanda, entre dirigentes da UNITA e da CNE, o mandatário da lista do partido do 'Galo Negro', José Pedro Cachiungo, disse em conferência de imprensa que o "processo (eleitoral) não está bem e não se pode esconder isso dos angolanos".

Os principais protagonistas da reunião - dedicada às queixas de falta de transparência dirigidas pelo principal partido de oposição angolano ao órgão eleitoral - foram o presidente da CNE, André Silva Neto, e o líder da UNITA, Isaías Samakuva.

"A reunião não foi conclusiva e aguardamos que as nossas dúvidas sejam esclarecidas e resolvidas. Não estão criadas as condições básicas para eleições livres, justas e transparentes", declarou o mandatário da lista da UNITA às eleições gerais angolanas de 31 deste mês.

Por sua vez, a porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, disse no final da reunião aos jornalistas que "a Comissão Nacional Eleitoral, como órgão com competências constitucionais, não pode aceitar ultimatos da UNITA".

"Os ultimatos não podem ser dados através da comunicação social", acrescentou.

O líder da UNITA, Isaías Samakuva, disse antes que também saiu "nada satisfeito" da reunião com o presidente da CNE de Angola.

Samakuva limitou-se a dizer aos jornalistas que não estava "nada satisfeito", à saída do encontro de cerca de duas horas com André Silva Neto, na sede da CNE.

O partido do 'Galo Negro' considera que a CNE está a organizar as eleições gerais de 31 de agosto em flagrante violação da Constituição e da lei eleitoral e, em consequência, decidiu convocar para o dia 25, seis dias antes do escrutínio, uma "manifestação popular".

A decisão saiu de uma prolongada reunião extraordinária de mais de 10 horas do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, quinta-feira, em Luanda.

O principal partido da oposição acusa a CNE de ter assinado, sem concurso público e por ajuste direto, um contrato de prestação de serviços com a empresa espanhola INDRA para fornecer os 13 milhões de boletins de voto, as cabinas, as atas síntese das operações eleitorais e o equipamento para os centros de escrutínio.

A escolha da INDRA suscitou fortes críticas da UNITA, que recordou o facto de em 2008 ter sido esta mesma empresa que forneceu os equipamentos e geriu o processamento do escrutínio, vencido pelo MPLA com 81,64 por cento dos votos.

A divulgação dos cadernos eleitorais e a transmissão dos dados no dia da eleição também está ser a ser colocada em causa pelo principal partido de oposição.

O memorando entregue pela UNITA ao presidente da CNE, que Isaías Samakuva disse que iria ser divulgado à imprensa, vai agora ser debatido a nível de reunião plenária da CNE, ainda sem data marcada, segundo disse Júlia Ferreira.

Antes da conferência de imprensa, José Pedro Cachiungo exigiu que a disposição das cadeiras fosse alterada, de molde a que a fotografia do Presidente José Eduardo dos Santos não aparecesse por detrás dele e de Júlia Ferreira

EL/TQ/HB.

Líderes da oposição questionam natureza democrática do escrutínio

17 de Agosto de 2012, 22:57

Luanda, 17 ago (Lusa) - Os líderes das principais formações políticas concorrentes às eleições de 31 deste mês em Angola questionaram hoje, num encontro promovido pela seção portuguesa da emissora Voz de América, a natureza democrática do escrutínio.

A iniciativa, a primeira a juntar desde o início da campanha eleitoral (31 de julho) líderes de partidos concorrentes num mesmo ato, durou uma hora.

Participaram os presidentes da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, do Partido de Renovação Social (PRS), Eduardo Kuangana, da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Lucas Ngonda, e da coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), Abel Chivukuvuku.

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