quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Guiné-Bissau: Comerciantes de Gabu preocupados com assaltos à mão armada



MB - Lusa

Bissau, 08 ago (Lusa) - Os comerciantes da região de Gabu, segunda maior cidade da Guiné-Bissau, estão preocupados com a vaga de assaltos à mão armada registada nos últimos dias e pediram ajuda ao governo.

A denúncia da vaga de assaltos a estabelecimentos comerciais foi feita hoje por três comerciantes de Gabu (cidade situada a 200 quilómetros a leste de Bissau), em declarações à Rádio Nacional.

Segundo Sidiki Haidará, Amadu Djuldé Candé e Mamudu Djaló, nos últimos dias "os comerciantes de Gabu (praticamnete) não dormem".

"Se começa a chover temos de estar alerta e de vigilância porque é garantido que os ladrões, os bandidos armados, vão atacar as nossas lojas. É uma realidade. O governo devia socorrer-nos", afirmou Amadu Djuldé Candé.

Sidiki Haidará, maauritano, disse que "o preocupante nisto tudo" é o facto de os assaltantes possuírem armas de fogo e viaturas nas as quais se deslocam pela cidade.

"É mesmo preocupante que os assaltantes tenham armas de fogo. Armas potentes e viaturas. Assaltam dois, três, quatro estabelecimentos comerciais na mesma noite, sem que sejam apanhados. É tudo muto estranho", comentou Haidará, que disse falar em nome dos comerciantes mauritanos de Gabú.

Também manifestando preocupação, o comerciante Mamudu Djaló, originário da Guiné-Conacri, pedindo a intervenção do governo para pôr termo aos assaltos.

"A polícia já não consegue. Penso que seria melhor que o governo central fizesse algo para nos socorrer. Estes ladrões têm muita força", referiu Djaló, enumerando um rol de mercadorias que lhe foram "roubadas pelos bandidos".

"No meu estabelecimento, só na última noite, roubaram sacos de arroz, de açúcar, telemóveis, dinheiro e até levaram-me um computador", contou o comerciante.

Gabu é a segunda maior cidade da Guiné-Bissau mas, segundo dados do governo, o seu volume de negócios supera o de Bissau, a capital do país, devido sobretudo à proximidade com o Senegal e a Guiné-Conacri.

Confrontado com a vaga de roubos, El-Haj Camará, vice-presidente da associação comercial de Gabu disse compreender o desespero dos comerciantes, tendo prometido mais patrulhamento da polícia.

PAIGC reúne-se com Presidente de transição e dirigentes partidários

Lusa

Bissau, 08 ago (Lusa) - O PAIGC, partido que estava no poder na Guiné-Bissau até ao golpe de Estado de 12 de abril passado, foi hoje recebido pelo Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, com quem analisou o processo político no país.

A delegação do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) foi chefiada por Aristides Ocante da Silva, membro do 'bureau' político do partido.

À saída da audiência, que durou cerca de quatro horas, Ocante da Silva disse ter falado com Serifo Nhamadjo sobre as propostas do PAIGC, constantes no último memorando que o partido publicou sobre o processo de transição em curso.

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