terça-feira, 18 de setembro de 2012

Angola: FERRO EM CASSINGA, MBANZA CONGO PATRIMÓNIO MUNDIAL

 


Iniciada exploração experimental de minério de ferro de Cassinga
 
18 de Setembro de 2012, 13:16
 
Luanda, 18 set (Lusa) - A fase experimental de exploração de ferro na região mineira de Cassinga, no município da Jamba, na província angolana da Huíla, já começou, anunciou hoje o administrador local, Miguel Kassela.
 
O anúncio da descoberta de uma reserva de 400 toneladas de ferro, depois de cerca de dois anos de prospeção, foi feito em abril passado.
 
Segundo Miguel Kassela, citado pela agência de notícias angolana, Angop, apesar da mínima exploração daquele minério, os trabalhos de prospeção continuam a ser levados a cabo pela empresa que detém os direitos de exploração, a Sociedade Angolana de Exploração de Recursos Minerais (AEMR), nas minas de Caturuca, Missesse e Indungo.
 
"Já está em exploração o ferro, mas com qualidade secundária, talvez pelos baixos custos de produção, mas isto já nos satisfaz, pois com estes trabalhos esta empresa admitiu até agora 300 jovens locais, esperando que até ao próximo ano este número possa chegar aos mil", referiu Miguel Kassela.
 
O fim dos trabalhos de prospeção, iniciados em 2010, está previsto ainda para este ano, esperando a AEMR identificar outras áreas com reservas consideráveis.
 
Para as suas localidades do projeto - Cassinga Sul e Norte - está prevista, na primeira fase, a extração de 4,2 milhões de toneladas de minério, informou o gestor da sociedade AEMR, Henrique Tiago, aquando do anúncio da descoberta da mina.
 
De acordo com Miguel Kassela, estão criadas as condições para a exploração e exportação dentro de um ano o ferro das minas de Cassinga, frisando a existência de casas já concluídas e outras em construção para os trabalhadores, de um laboratório e do caminho-de-ferro.
 
A sociedade AEMR conta com o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes, com capacidade de transporte para seis milhões de toneladas, para o escoamento dos minerais daquela região e ainda com o porto seco do Sacomar, na província do Namibe.
 
NME.
 
Trabalhos para inscrição de Mbanza Congo na lista de património mundial perto do fim
 
18 de Setembro de 2012, 20:09
 
Luanda, 18 set (Lusa) - Angola já identificou os bens culturais dentro do perímetro de proteção da cidade de Mbanza Congo, para a inscrever na lista de património mundial da UNESCO, informou fonte ligada ao projeto.
 
Citada pela agência Angop, Sónia da Silva Domingos, coordenadora do projeto "Mbanza Congo, Cidade a Desenterrar para Preservar", disse que 82 por cento das atividades previstas já se encontram concluídas.
 
O anúncio foi feito no decorrer de uma visita de trabalho de três dias àquela cidade, capital da província angolana do Zaire, no norte de Angola, que incluiu um perito da UNESCO.
 
"A comissão do projeto já identificou os bens culturais que vão estar dentro de um perímetro de proteção que posteriormente serão classificados a nível nacional e servirão depois para a inscrição na lista do património mundial", destacou.
 
Parte dos bens até aqui identificados, enumerou Sónia da Silva Domingos, que integram a antiga capital do reino do Congo são o Palácio Real (atual museu dos Reis do Congo), a árvore sagrada denominada Yala Nkuwu, o Lumbu (Tribunal Consuetudinário), as missões católica e evangélica, o Kulumbibi (antiga Sé Catedral), o cemitério dos Reis do Congo e o Túmulo da Dona Mpolo (mãe de um dos reis enterrada viva por desobediência às ordens da corte).
 
"Presentemente temos em Mbanza Congo uma empresa que está a proceder aos trabalhos de prospeção geofísica por radar para ver as estruturas que estão abaixo do solo. A recolha dessas imagens permitir-nos-á saber que estruturas eram essas, para as incluir no perímetro que vamos definir", salientou.
 
O projeto "Mbanza Congo, Cidade a Desenterrar para Preservar" foi lançado em 2007 e caso venha a ser classificada património mundial, a cidade contará com um centro de pesquisa e interpretação sobre o Reino do Congo, formado no século XIII.
 
O Reino do Congo, dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais República Democrática do Congo, República do Congo, Angola e Gabão, dispunha de 12 igrejas, conventos, escolas, palácios e residências, cuja identificação se prevê seja feita através do sistema de radar.
 
As ruínas de Mbanza Congo integram a lista de onze sítios indicados por Angola a património mundial da UNESCO, entre as quais se destacam igualmente as pinturas rupestres no morro granítico de Tchitundu-Hulo, na província do Namibe, sul do país e o corredor do rio Kwanza.
 
NME.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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