terça-feira, 18 de setembro de 2012

Guiné-Bissau: UEMOA APOIA AGRICULTURA E PESCAS COM 600 MIL EUROS

 

FP - Lusa
 
Bissau, 18 set (Lusa) - A União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) vai apoiar a Guiné-Bissau com 393 milhões de francos CFA (600 mil euros) nos domínios da agricultura e pescas, de acordo com três protocolos hoje assinados em Bissau.
 
Os documentos foram assinados no âmbito de uma visita de um dia à Guiné-Bissau do presidente da comissão da UEMOA, Cheikhe Hadjibou Soumare, que os rubricou com o ministro das Finanças do governo de transição, Abubacar Demba Dahaba.
 
Os documentos assinados incidem sobre o apoio a campanhas nacionais de vacinação contra a doença do carbúnculo (que afeta especialmente os animais herbívoros mas que pode atingir também o ser humano) e contra a doença de Newcastle (que afeta as aves), e no reforço da colheita de dados estatísticos sobre pesca artesanal e continental.
 
A Guiné-Bissau, disse Cheikhe Hadjibou Soumare, já tinha pedido o apoio da UEMOA para lutar contra a doença do carbúnculo, e a organização regional também já tinha identificado a doença de Newcastle como um dos principais obstáculos para o desenvolvimento da avicultura na região.
 
Os apoios agora concedidos inscrevem-se, acrescentou, no Programa Económico Regional e no Fundo Regional de Desenvolvimento Agrícola.
 
O ministro das Finanças guineense frisou que a solidariedade da comunidade regional "tem um papel muito importante para a Guiné-Bissau", porque "depois dos acontecimentos de 12 de abril (golpe de Estado) a situação económica da Guiné-Bissau é muito difícil" já que "os doadores tradicionais da Guiné-Bissau congelaram todos os projetos".
 
"A assinatura de hoje mostra que não estamos sós na Guiné-Bissau, ao nosso lado temos as nossas instituições comunitárias que hoje dão um apoio importante, não só financeiro mas no aspeto social", disse Abubacar Demba Dahaba.
 
De acordo com o ministro a agricultura da Guiné-Bissau tem potencialidades e se houver investimento o país pode não só alimentar a sua população como contribuir para o fornecimento de alimentos para a região oeste africana.
 
"É possível, com o apoio e solidariedade da União, transformar, especializar este país num país produtor de arroz, para que possamos deixar de importar e mesmo exportar", salientou.
 
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