sábado, 15 de setembro de 2012

Espanha: MILHARES DE PESSOAS PROTESTAM EM MADRID

 

ASP - Lusa
 
Madrid, 15 set (Lusa) - Dezenas de milhares de pessoas estão concentradas na Praça Colon, centro de Madrid, onde confluem várias 'marés' de protesto associadas à "Marcha sobre Madrid", iniciativa da Cimeira Social, que reúne mais de 150 organizações.
 
De todas as ruas de acesso à praça chegam participantes no protesto que aqui ouviram os responsáveis da Cimeira Social, plataforma criada em julho e que exige que o Governo espanhol referende as medidas de austeridade.
 
Famílias, com carrinhos de bebé, outras com os filhos de mãos dadas, trabalhadores de vários setores de atividade - polícias, bombeiros, mineiros, enfermeiros e professores, entre muitos outros - juntaram-se no protesto de hoje.
 
Na praça, todos procuram as poucas sombras, com o sol forte de início da tarde a sentir-se enquanto se esperam os discursos e a leitura de um manifesto da Cimeira Social que pretende que esta "grande manifestação sobre Madrid" tenha "grande importância histórica em termos sociais e reivindicativos".
 
Ao longo do Paseo da Castellana, por onde confluíram várias das marchas - cada cor representando um setor de atividade, o negro para o geral da função pública - ouviram-se petardos e gritos de contestação às políticas do Governo.
 
Num ambiente reivindicativo, grupos de toda a Espanha - dezenas de autocarros estão estacionados ao longo do percurso - juntaram-se no protesto que ocorre a poucas dezenas de metros do local, na Calle Génova, onde está a sede do Partido Popular (PP), partido do Governo em Espanha.
 
Fachas de várias cores denunciam o corte dos serviços sociais, dos salários e o ataque à função pública.
 
"Sim, sou funcionário público. Não, não tenho culpa da crise. Basta!", é uma das mensagens mais repetidas, escrita a branco nas camisolas negras de muitos.
 
A presença das principais centrais sindicais é claramente visível, com bandeiras das Comissões Operárias (CCOO), da UGT e da CGT, entre outras, representando os trabalhadores da função pública espanhola, os mais penalizados pelas medidas de austeridade.
 
Vários dirigentes políticos tinham previsto participar no protesto, entre os quais dirigentes do PSOE e da IU.
 

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