A manifestação já estava programada há algum tempo e com bastantes aderências, quis a coincidência que o governo da troika proclamasse mais e maiores injustiças por via da austeridade brutalmente imposta, que há quase dois anos desbarata como invasor estrangeiro Portugal e os portugueses. As aderências a nível da página do Facebook subiram em flecha.
Largas dezenas de milhar comprometeram-se a comparecer na manifestação de hoje, esta tarde, a ocorrer por várias cidades do país. Estima-se que pelo menos um milhão de portugueses se manifeste em Portugal contra a austeridade, contra o governo da troika.
Os portugueses não podem nem devem ficar indiferentes perante os ataques que o governo ao serviço da troika tem infligido. Portugal já não tem como “apertar mais o cinto”. Por todo o país existem famílias com fome, que perderam as suas casas. Pais desempregados que já venderam quase tudo para atender as carências dos seus filhos e deles próprios. Crianças e jovens em idade escolar que começaram o ano letivo sem a possibilidade de possuírem os manuais e material que lhes permita ter uma aprendizagem normal. Muitos vão para a escola sem comer, imensos perderam os direitos de subsídios de transporte e outros. Só lhes resta faltarem à escola ou irem a pé (impraticável em imensos casos). O desespero invade as famílias. Aumentaram os suicídios, o número dos Sem-Abrigo, os desempregados (que são cada vez mais de mês para mês), as famílias desfeitas com pai para um lado, mãe para outro… E as crianças? E as crianças?
Deixe-se também aqui uma palavra para os mais velhos. Esses, para o governo da troika encabeçado por Passos Coelho, ainda são considerados mais “lixo” que os restantes portugueses, o que revela a insensibilidade dos ditos governantes.
É contra toda esta situação que os portugueses se devem e querem, e vão, manifestar-se dentro de poucas horas. Nas manifestações também vão estar militares e polícias na sua qualidade de cidadãos. Organizações policiais já alertaram para que todos os outros manifestantes se recordem que os polícias também são pais de família, também sentem a desumanidade da austeridade, também querem protestar e contribuir para “que se lixe a troika e se recuperem as nossas vidas” através da veemência e do testemunho da sua indignação. Saibamos todos ser cidadãos portugueses indignados e não mais que isso. (PG)
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