SIC – Lusa, com foto
Mais de 30 mil
trabalhadores do setor dos transportes rodoviários de mercadorias começaram a
paralisar a partir de hoje em toda a África do Sul, anunciou fonte sindical.
"Em todos os
grandes centros e depósitos de transportes os trabalhadores começaram a
paralisar", disse Vincent Masoga, porta-voz do maior sindicato do setor, o
SATAWU, que representa 28 mil trabalhadores.
Com outros
sindicatos mais pequenos a aderirem à paralisação nacional, o país corre o
risco de sofrer a breve prazo sérios problemas relacionados com o abastecimento
de combustíveis e outros bens essenciais.
A greve poderá
criar igualmente problemas ao fornecimento de muitos bens, designadamente
alimentares, a Moçambique e outros países vizinhos, que são produzidos na
África do Sul.
A origem da greve
prende-se com exigências de aumentos salariais, particularmente dos condutores
de veículos pesados, de 12 %, para além de aumentos nos subsídios de risco para
os que transportam mercadorias perigosas, nos subsídios de renda de casa e
legalização do subsídio de natal, cujo pagamento o qual na África do Sul não é
compulsório.
Segundo
representantes sindicais, as negociações chegaram a um impasse, ao cabo de
vários meses, com as empresas do setor a oferecerem aumentos salariais máximos
de 8,5% e os sindicatos a manterem a exigência de 12%.
Vincente Masoga
revelou que está agendada para a tarde de hoje nova ronda negocial entre
sindicatos e entidades patronais sob a mediação da Comissão de Conciliação,
Mediação e Arbitragem (CCMA) do Ministério do Trabalho.
Os sindicatos
pediram autorização aos governos provinciais para realizarem marchas e
manifestações de protesto nas maiores cidades do país a partir de quarta-feira
se a greve não for desconvocada durante o dia de hoje.
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