terça-feira, 25 de setembro de 2012

Greve na África do Sul ameaça paralisar transportes rodoviários de mercadorias

 

SIC – Lusa, com foto
 
Mais de 30 mil trabalhadores do setor dos transportes rodoviários de mercadorias começaram a paralisar a partir de hoje em toda a África do Sul, anunciou fonte sindical.
 
"Em todos os grandes centros e depósitos de transportes os trabalhadores começaram a paralisar", disse Vincent Masoga, porta-voz do maior sindicato do setor, o SATAWU, que representa 28 mil trabalhadores.
 
Com outros sindicatos mais pequenos a aderirem à paralisação nacional, o país corre o risco de sofrer a breve prazo sérios problemas relacionados com o abastecimento de combustíveis e outros bens essenciais.
 
A greve poderá criar igualmente problemas ao fornecimento de muitos bens, designadamente alimentares, a Moçambique e outros países vizinhos, que são produzidos na África do Sul.
 
A origem da greve prende-se com exigências de aumentos salariais, particularmente dos condutores de veículos pesados, de 12 %, para além de aumentos nos subsídios de risco para os que transportam mercadorias perigosas, nos subsídios de renda de casa e legalização do subsídio de natal, cujo pagamento o qual na África do Sul não é compulsório.
 
Segundo representantes sindicais, as negociações chegaram a um impasse, ao cabo de vários meses, com as empresas do setor a oferecerem aumentos salariais máximos de 8,5% e os sindicatos a manterem a exigência de 12%.
 
Vincente Masoga revelou que está agendada para a tarde de hoje nova ronda negocial entre sindicatos e entidades patronais sob a mediação da Comissão de Conciliação, Mediação e Arbitragem (CCMA) do Ministério do Trabalho.
 
Os sindicatos pediram autorização aos governos provinciais para realizarem marchas e manifestações de protesto nas maiores cidades do país a partir de quarta-feira se a greve não for desconvocada durante o dia de hoje.
 

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