Empresários portugueses participam em fórum de turismo com ministro da Economia
03 de Setembro de 2012, 23:01
Macau, China, 03 set (Lusa) - Empresários portugueses vão participar, entre 09 e 11 de setembro, no Fórum de Economia de Turismo Global que decorrerá em Macau e contará com a presença do ministro da Economia e Emprego, Álvaro Santos Pereira, foi hoje anunciado.
O fórum, segundo revelou hoje a organização, atrairá mais de 600 participantes de cerca de 20 países e territórios, incluindo 25 cidades do interior da China, e contará ainda, na participação portuguesa, com a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles.
Segundo Pansy Ho, coordenadora da iniciativa e presidente do Centro de Pesquisa de Economia de Turismo Global, os empresários portugueses vão participar num evento paralelo ao fórum, que descreveu como "uma oportunidade para apresentar as oportunidades de investimento no turismo em Portugal".
Já o diretor dos Serviços de Turismo de Macau, João Costa Antunes, explicou que a iniciativa para os agentes económicos "não é propriamente uma mostra, mas um tipo de bolsa de contactos de apresentação mútua", indicando que a delegação deverá incluir hoteleiros e operadores turísticos.
"É uma oportunidade de estarem em Macau representantes de nível político, mas também representantes empresariais da área de economia e turismo para porem em contacto essas mesmas companhias portuguesas, com companhias de grande dimensão vindas do interior da China para assistir ao fórum", disse Costa Antunes, depois de anunciar que as três primeiras edições do fórum terão lugar em Macau.
O diretor dos Serviços de Turismo salientou, por outro lado, a importância de os contactos de negócios serem estabelecidos em Macau, onde está sedeado o Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
"Embora seja uma atividade paralela ao fórum, penso que poderá ser bem aproveitada", disse.
A edição inaugural do fórum será subordinada ao tema "Crescimento conduz a mais crescimento. Examinando as sinergias entre o Desenvolvimento", e contará com a presença de Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo, David Scowsill, CEO do Conselho Mundial do Turismo (WTTC, na sigla inglesa) e Marthinus van Schalkwyk, ministro do Turismo da África do Sul, entre outros.
Segundo Pansy Ho, caberá ao ministro da Economia e Emprego, Álvaro Santos Pereira, falar do turismo enquanto motor para o desenvolvimento económico em todo o mundo.
A tendência crescente para a mudança do centro de gravidade do turismo mundial para a Ásia-Pacífico, o processo de evolução da China para uma economia de serviços, a transformação da indústria de turismo num dos pilares da economia foram apontados como alguns dos temas em debate.
FV.
Contribuições atuais não chegam para assegurar sustentabilidade da segurança social -- estudo
03 de Setembro de 2012, 23:32
Macau, China, 03 set (Lusa) - As atuais contribuições para o Fundo de Segurança Social de Macau não são suficientes para assegurar a sua sustentabilidade a longo prazo, indica um relatório publicado hoje que confirma as previsões do presidente do fundo avançadas em 2011 à Lusa.
"Atualmente, as contribuições dos membros de 45 patacas (4,5 euros) por mês não são suficientes para suportar as despesas dos benefícios do FSS. Neste momento o Fundo de Segurança Social depende das dotações do Governo para assegurar a sua sustentabilidade", refere o estudo.
Além das contribuições de trabalhadores e empregadores, o Fundo recebe ainda dinheiro do Governo e uma parte percentual das contribuições dos impostos indiretos de quatro por cento do setor do jogo, calculado com base nas receitas brutas dos casinos.
O estudo do Regime de Segurança Social teve por base uma taxa de crescimento anual da população de 1,2 por cento nos próximos 50 anos e uma tendência de envelhecimento, que indica que os residentes com mais de 65 anos atualmente estimados em oito por cento da população em 2012 deverão aumentar para 30 por cento em 2062.
O estudo considerou também a diminuição da população em idade ativa - entre os 15 e os 64 anos - que irá baixar de 80 por cento em 2012 para 60 por cento em 2062.
O relatório publicado na página de Internet do FSS indica que em 16 cenários contemplados, o valor dos ativos do FSS consegue manter um número positivo nos próximos 50 anos, mas alerta para a possibilidade de atingir uma situação negativa em 2038.
"É de notar que a dotação do Governo no ano de 2012 é de 4,021 milhões de patacas (400,3 milhões de euros), com um aumento de quatro por cento anual. Mas nas análises adicionais (...) a dotação do Governo no ano 2012 é de 4,021 milhões de patacas (400,3 milhões de euros), mas com um aumento de 2,5 por cento anual", refere o relatório.
Por outro lado, "na análise adicional, em que se supõe uma descida de quatro por cento para 2,5 por cento, ou seja, uma redução de apenas 1,5 por cento no que se refere ao aumento das dotações do Governo, e que se prevê uma verba adicional de cinco mil milhões de patacas em 2013 e 2014, o FSS irá registar um valor dos ativos negativo no ano 2038 ou no ano 2058", acrescentou o documento.
O estudo indicou também que a situação financeira do FSS "é facilmente afetada pelo aumento anual da pensão para idosos e da pensão de invalidez".
"Por isso, quando considerar o aumento do nível de qualquer benefício, deve considerar a fonte das receitas, isto é, as contribuições dos membros do FSS, e o mais importante, são os valores e a persistência das dotações provenientes das receitas correntes do orçamento geral e das receitas dos impostos de jogo que o Governo injeta no FSS", refere o relatório.
Em abril do ano passado, o presidente do Fundo de Segurança Social, Ip Peng Kin, tinha dito à agência Lusa que o FSS estaria esgotado em 2037 tendo em conta as receitas e as despesas registadas à data, mas garantiu que o Governo estava "atento à situação".
Na sua última intervenção na Assembleia Legislativa, a 10 de agosto, o chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On, anunciou que o Governo iria injetar 5.000 milhões de patacas (509 milhões de euros) por ano no Fundo de Segurança Social, esperando que o mesmo seja autossuficiente dentro de dez anos.
FV. (JCS/DM)
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
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