domingo, 9 de setembro de 2012

Portugal: CHAMAM-LHE DEMOCRACIA MAS NÃO É!

 


Retiramos da TSF Rádio Notícias o compacto que se segue. No original podem escutar os áudios de algumas das declarações dos intervenientes. Das palavras e reações registadas temos a memória de que também anteriormente, quando do anúncio de medidas draconianas anteriores do governo de Passos-Portas-Cavaco (justamente o PR não pode ficar ilibado), estes e/ou outros entrevistados TSF disseram quase as mesmas palavras ou, pelo menos, dentro do mesmo sentido. O resultado foi nulo. Falaram, falaram... mas depois até se calaram (alguns).
 
Para os que estão a condenar os portugueses à fome, ao descalabro económico e social, estas declarações foram escutadas por um ouvido a 100 kmh e saíram-lhes pelo outro ouvido a 200 kmh. A oposição efetiva foi nula por parte de entidades e personalidades que de algum modo poderão ter influencia na mudança de rumo das políticas avassaladoras deste desgoverno Passos-Portas-Cavaco.
 
O que, no nosso entender, será necessário é agir em oposição ativa, sem titubear. Nisso os dirigentes do Partido Socialista têm feito o mesmo de sempre: têm traído, tanto quanto os sociais-democratas, a maioria dos portugueses. Estamos perante a destruição de um país, Portugal. Estamos perante traidores que governam no interesse de outros que não são a maioria dos portugueses. Estamos perante momentos cruciais em que só portugueses e homens de bem e de verdade, patriotas, democratas, justos, poderão mudar este rumo de país destroçado em prol da democracia e da justiça que já quase não vigora no país. Como afirmam os manifestantes espanhóis: “Chamam-lhe democracia, mas não é!” Esperemos que agora, face a mais esta arremetida inadmissível, estas figuras influentes da política nacional, assim como o povo português, saibam tomar a atitude correta e defendam Portugal. Porque é Portugal  e os portugueses que estão em causa. (PG)
 
A partir daqui, seguidamente, todos os títulos são TSF:
 
Bagão: Subida da contribuição para a SS «é um verdadeiro imposto»
 
O ex-governante Bagão Félix diz que a decisão do Executivo de promover o aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social (SS) é um «verdadeiro imposto».
 
Para Bagão Félix o desconto feito pelos trabalhadores para a Segurança Social, «no fundo, não é uma taxa. É um verdadeiro imposto. Deixou de ser uma contribuição [para um seguro] social para ser um imposto único».
 
«Acho que se deu a machadada final no regime previdencial. Não estou a dizer na Segurança Social, estou a dizer no regime previdencial, que é aquele em que há uma relação direta entre o esforço que os trabalhadores fazem e os benefícios que têm», afirmou hoje à agência Lusa o conselheiro de Estado, apontando o caso das pensões e dos subsídios de desemprego e doença, que têm vindo a ser reduzidos.
 
«E porquê? Porque os benefícios decrescem, mas há um aumento de sete pontos percentuais no desconto do trabalhador», justificou.
 
Quanto à descida dos encargos das empresas para a Segurança Social, o antigo ministro das Finanças e da Solidariedade Social realçou que a mesma «já estava prevista no memorando de entendimento com a 'troika'», mas entende que a diminuição de 23,75 por cento para 18 por cento «não vai trazer grandes benefícios ao nível da geração de emprego» em Portugal.
 
«Não é por causa desta diminuição que vai haver um aumento de contratações. O que vai acontecer é que estas medidas, que diminuem o rendimento disponível das famílias, vão diminuir o consumo e, diminuindo o consumo, provavelmente é atacada a saúde das empresas e o desemprego tenderá a subir», concluiu.
 
Seguro: «O PS não será cúmplice das políticas seguidas pelo Governo»
 
O líder socialista, António José Seguro, considera que os cortes anunciados pelo Governo ultrapassam todos os limites e por isso o PS não vai ser «cúmplice» destas políticas
 
Em Penafiel, na Universidade de Verão do PS/Porto, António José Seguro acusa o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho de ter dito uma coisa e ter feito outra, sublinhando que os socialistas não vão compactuar com as políticas do Governo e dando a entender que não vai aprovar o Orçamento do Estado.
 
«O PS não pode compactuar com um caminho que discorda e que tanto tem combatido. Assim não. O Governo não muda, esticou a corda e o PS prefere com toda a clareza e normalidade um caminho alternativo. Quero aqui afiançar aos portugueses que não somos nem seremos cúmplices das opções políticas erradas do atual primeiro-ministro», assegurou Seguro.
 
No final destas declarações, o líder socialista não esclareceu os jornalistas sobre se o partido irá votar contra o orçamento.
 
«Não tenho nada a acrescentar, as minhas palavras foram muito claras», disse à comunicação social.
 
D. Januário Torgal Ferreira acusa primeiro-ministro de «vilania»
 
Entrevistado pela TSF, D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas, acusa o primeiro-ministro de «vilania», «insensibilidade» e «insensatez».
 
Januário Torgal Ferreira considera que o medo é mau conselheiro, adiantando que na sua opinião o primeiro-ministro está a ser movido por este fator.
 
«Estou em discordância total com o sistema governativo que existe neste momento em Portugal. Oiço desde o início que 'continuo com coragem, vou em frente', mas a estrada fica juncada de cadáveres, isso é um vilania, uma insensibilidade, uma insensatez»
 
É desta forma que o bispo das Forças Armadas lê a mensagem pessoal deixada por Passos Coelho, esta madrugada, no Facebook.
 
Governo é «fanaticamente neoliberalista», diz Almeida Santos
 
Para este histórico do PS, o Governo, com o seu pensamento neoliberal, está coerente com os interesses dos «grandes impérios económicos».
 
O socialista Almeida Santos acusou o Governo de ser «fanaticamente neoliberalista» e garantiu que o «neoliberalismo é o responsável por todas as crises» dos últimos tempos.
 
Em declarações à agência Lusa, o presidente honorário do PS considerou ainda que os «líderes dos grandes impérios económicos e financeiros», incluindo os bancos, são os responsáveis pela crise atual.
 
«Isto está tudo virado do avesso. Há todo um mundo organizado para a finança e para a riqueza e a pobreza que se lixe», acrescentou o ex-presidente da Assembleia da República, que diz que o Executivo está coerente com os interesses dos «grandes impérios económicos e financeiros».
 
«Como têm um pensamento neoliberal, fá-lo por coerência. Não faz por maldade. Está convencido de que é assim que deve ser. Só que a realidade está a demonstrar que não é», adiantou.
 
Numa referência ao primeiro-ministro e ao ministro das Finanças, este histórico socialista assegurou ainda que a «política não se inventa: ou se tem experiência de vida ou perdem-se muitas oportunidades para se tomarem medidas acertadas».
 
Bacelar Gouveia: «Governo vai meter-se num grande sarilho»
 
O constitucionalista Bacelar Gouveia (PSD) não tem dúvidas em considerar que as medidas anunciadas sexta-feira pelo Governo são uma violação da decisão do Tribunal Constitucional.
 
Tudo pode acabar num enorme sarilho para o Governo. Jorge Bacelar Gouveia considera que o Governo está a violar o acórdão do Tribunal Constitucional que chumbou os cortes dos subsídios de férias e Natal para os funcionários públicos.
 
Bacelar Gouveia, antigo deputado do PSD, afirma que o desequilíbrio de esforço para o lado da Função Pública não foi resolvido e que essa é uma clara violação da decisão do Constitucional.
 
O constitucionalista antecipa um enorme problema para o Governo.
 
«Isto vai dar um grande sarilho. Acho que o Governo se vai meter num grande sarilho, porque junta à contestação que tem tido no meio laboral e económico, uma irritação que vai provocar num órgão de soberania que é um Tribunal Constitucional. Neste momento não convinha nada que a frente de conflito se alargasse ao poder judicial desta forma. Sinceramente penso que isto não vai acabar bem e lamento que o caminho esteja a ser este», defendeu.
 
 

1 comentário:

aveiro123 disse...

Estes putos da politica põem o Povo a passar fome. Não dinheiro para pagar a água, luz e alimentação.
É para isto que nós elegemos políticos mentirosos, trapalhões e criminosos, sim criminosos, porque desfalcaram as finanças do País, e nada lhes aconteceu ou vai acontecer.
Venha o Exercito para a rua, mas, sem cravos. Eud estou disponível.

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