terça-feira, 2 de outubro de 2012

Angola: GRUPO CONTINENTE INVESTE MILHÕES, EDUCAÇÃO SEM PRIORIDADE

 


Grupo Continente assinou contrato de investimento no valor de 79,6 milhões de euros
 
01 de Outubro de 2012, 14:44
 
Luanda, 01 out (Lusa) - O grupo Continente Portugal/Angola assinou hoje em Luanda um contrato de investimento com a Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP), no valor de 102,9 milhões de dólares (79,6 milhões de euros).
 
Vasco Rites, representante do grupo, disse no final da cerimónia de assinatura do contrato que o projeto prevê a abertura de cinco grandes superfícies.
 
Na ocasião foram ainda assinados mais quatro contratos de investimentos, no valor de 16,9 milhões de dólares, entre a ANIP e as empresas Lucky Line, Snecou Group-Angola, Pratiker e Jsy-Angola, originárias da Mauritânia, Nigéria, Turquia e China, respetivamente, nos setores da construção civil, indústria e comércio.
 
Relatório aponta falta de política e financiamento para educação de jovens e adultos na África Austral
 
02 de Outubro de 2012, 13:53
 
Luanda, 02 out (Lusa) - Uma pesquisa sobre a atual situação da educação de jovens e adultos, realizada em cinco países da África Austral, concluiu que todos os Estados precisam de uma política distinta, financiamento e boa governação para garantir o seu acesso.
 
A conclusão consta de um relatório sobre um estudo elaborado entre 2010 e 2011 pela Open Society Initiative para a África Austral (OSISA), apresentado hoje em Luanda, pela parte angolana.
 
O documento tem como objetivo "tornar-se piloto" para futuras pesquisas sobre a educação de jovens e adultos em outros países da região e poder ajudar a medir as realizações nacionais ou falhas em relação aos parâmetros do compromisso africano.
 
"Esta pesquisa procurou compreender a dimensão dos desafios, identificar as causas e procurar soluções para os desafios que dificultam o setor", lê-se no relatório.
 
Relativamente a Angola, o estudo foi realizado em dez das 18 províncias do país, nomeadamente Luanda, Bengo, Uíge, Malange, Huambo, Kuanza Sul, Huíla, Moxico, Lunda Sul e Cunene, por serem regiões com altos níveis de concentração populacional.
 
No estudo, Angola (30%) ocupa o segundo lugar, depois de Moçambique (46%), como o país com a mais alta taxa de analfabetismo de adultos na região, já a taxa de analfabetismo de jovens situa-se em Angola nos 27% e em Moçambique 30%.
 
No que se refere à média de anos de escolaridade formal entre adultos Angola (4.4) continua à frente de Moçambique (1.2).
 
"O analfabetismo dos jovens é ainda um problema significativo, apesar dos esforços para levar o ensino primário formal a todos. Infelizmente, os anos médios de escolaridade alcançados por adultos ainda é muito baixo em todos os países, mais catastroficamente em Moçambique", salienta o documento.
 
Uma das recomendações do estudo vai no sentido da realização de uma campanha de sensibilização para que as questões de educação de jovens e adultos sejam "rapidamente levadas à atenção dos decisores nacionais de orçamento e sejam imediatamente capazes de influenciar as políticas dos governos e agenda legislativa".
O documento salienta que Angola e Moçambique têm tutores de alfabetização com deficiências educacionais e insuficiências de formação, que são "miseravelmente pagos e os seus salários não são ajustados há mais de uma década".
 
"Os custos de alfabetização por aluno são inferiores a metade da referência mínima da Campanha Global para a Educação. A maior parte do programa de educação para adultos em Angola e Moçambique é financiada pela ajuda externa", informa o relatório.
 
A Namíbia é dos cinco países o que melhor dados possui para a educação de jovens e adultos, constando no relatório que atualmente aquele país gasta cerca de 2 por cento do seu orçamento para esta faixa da população e que, entretanto, tudo está a ser feito para que se aumente a fasquia.
 
NME // VM.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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