MB – PNG - Lusa
Bissau, 28 out
(Lusa) - O porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses,
Daba Na Walna, afirmou hoje que Portugal de forma "direta ou indireta
sabia das movimentações" do capitão Pansau N'Tchamá, alegado líder do
ataque a um quartel em Bissau.
Em conferência de
imprensa em Bissau, o tenente-coronel Na Walna referiu-se ao percurso do
capitão Pansau N´Tchamá até à sua captura no sábado, na ilha de Bolama,
salientando que o militar esteve entre Portugal e a Gâmbia.
Segundo o porta-voz
do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, "Portugal não cuidou bem da
vigilância ao Pansau", que apareceu em Bissau a liderar um ataque a um
quartel militar.
"Como é que um
indivíduo que se encontrava em Portugal, com o estatuto que ninguém sabe ao
certo se residente ou se exilado político, aparece aqui a atacar um quartel
fortificado? Portugal não cuidou bem da vigilância ao Pansau", afirmou Na
Walna prometendo mais elementos assim que o capitão for apresentado à justiça
militar.
Daba Na Walna disse
ainda que o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses Zamora
Induta seria o orquestrador do ataque executado por Pansau N'Tchamá e que este
contou com cúmplices internos, mas que a operação foi montada no exterior.
A 21 de outubro, o
quartel dos para-comandos (uma força de elite do Exército guineense) foi
atacado por um grupo de homens que, na versão das autoridades civis e
militares, seriam comandados pelo capitão Pansau N'Tchamá.
Do ataque,
resultaram seis mortos.
*Título alterado por PG
Leia mais: GOLPISTAS GUINEENSES ENVOLVERAM NTCHAMA EM BANDEIRA DE PORTUGAL - foto
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