Ratos vão ajudar
serviços de saúde moçambicanos a diagnosticar tuberculose em humanos
12 de Outubro de
2012, 15:52
Maputo, 12 out
(Lusa) - Uma organização não-governamental belga iniciou a construção de um
laboratório em Maputo para treinar ratos a ajudar os serviços de saúde
moçambicanos a detetar a tuberculose, anunciou hoje a Apopo, que criou o método
original.
Os ratos vão ser
treinados, no laboratório em construção na capital moçambicana, a farejar
amostras de escarro humano, a partir das quais vão detetar a bactéria da
tuberculose, uma doença frequentemente associada ao vírus da Sida. Os primeiros
animais devem estar operacionais até ao final do ano, acrescentou.
A decisão foi
tomada depois do êxito da contribuição dos ratos nas operações de desminagem em
Moçambique e no diagnóstico da tuberculose na Tanzânia, disse a ONG.
Um acordo neste
sentido foi assinado entre as autoridades moçambicanas e da região de Flandres,
na Bélgica, em agosto de 2011.
"Nós tivemos
um pedido da primeira-dama (Maria da Luz Dai Guebuza) e do ministro da Saúde
(Alexandre Manguele), que queriam reproduzir os resultados" com os ratos,
disse à agência noticiosa francesa AFP Tess Tewelde, responsável da Apopo em
Moçambique.
Os ratos da Gâmbia
(Cricetomys gambianus), animais que podem ter o tamanho de um gato, são famosos
pelo olfato excecional e também são treinados para encontrarem minas
terrestres.
Esses roedores
podem reconhecer a tuberculose em menos de uma hora, enquanto um laboratório
leva uma semana para realizar a análise.
"É muito mais
barato e muito mais rápido. Os nossos ratos podem analisar 400 amostras em 30
minutos", explicou Tess Tewelde.
Um recente teste na
Tanzânia, destinado a avaliar a eficácia do método, mostrou que em 910 amostras
de 456 pacientes, dez ratos encontraram 67 por cento de pessoas com tuberculose
e apenas 48 por cento foram encontrados pelos microscópios dos laboratórios.
"Em relação à
tuberculose é importante não deixar de identificar os pacientes. Imagine como
podem contaminar a família e comunidade", sublinhou a responsável da ONG.
A Apopo já está
presente em Moçambique há seis anos, um país marcado por uma longa guerra civil
- que durou de 1976 a 1992 - e onde 40 ratos foram usados na desminagem.
"É necessário
dois dias para um especialista identificar as minas, os ratos levam 30
minutos", declarou Tess Tewelde.
CSR. //EJ.
Presidente
moçambicano nas Jornadas Europeias de Desenvolvimento em Bruxelas
12 de Outubro de
2012, 17:57
Maputo, 12 out
(Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, participa a partir de
segunda-feira em Bruxelas, Bélgica, nas 7.ª Jornadas Europeias de
Desenvolvimento sobre agricultura, segurança alimentar, proteção social e
desigualdade, e o papel do setor privado.
Uma nota de
imprensa da Presidência da República enviada à Lusa indica que Armando Guebuza
fará parte das 7.ª Jornadas europeias orientadas sob lema "Crescimento
inclusivo e sustentável para o desenvolvimento humano".
As Jornadas
Europeias de Desenvolvimento são um fórum de alto nível que junta
representantes governamentais e da sociedade civil, para refletir sobre
questões prementes de cooperação internacional para o desenvolvimento.
À margem do evento,
o chefe do Estado moçambicano irá manter encontros bilaterais com diversas
personalidades da área política e económica, para abordar questões atinentes à
cooperação bilateral e multilateral, destaca o comunicado.
Nesta deslocação,
Armando Guebuza far-se-á acompanhar pelo secretário executivo da SADC, Tomás
Salomão, dos ministros da Agricultura, José Pacheco, dos Transportes e
Comunicações, Paulo Zucula, e do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e
Cooperação, Henrique Banze.
MMT // HB
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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