MB – JMR - Lusa
Bissau, 15 out
(Lusa) - As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau alertaram hoje para a
existência de um "surto forte de diarreia" no país que já causou a
morte de três pessoas, entre um total de 567 afetadas.
De acordo com
Lamine Indjai, responsável pela comunicação do Ministério da Saúde Publica,
desde agosto que o país tem sido fustigado "por um surto forte de
diarreia", que tem "vindo a aumentar de proporções" nos últimos
dias.
"Não podemos
dizer que há cólera no país, mas sim um surto de diarreia forte. Nalguns casos
é mesmo fatal. Já temos a registar três óbitos entre 567 casos
registados", disse Lamine Indjai, pedindo à população para ter cuidado.
"Hoje mesmo tivemos
informações de que os casos dispararam. Entre sexta-feira e hoje deram entrada
38 novos casos de diarreias nos serviços de prevenção no hospital Simão
Mendes" em Bissau, enfatizou Indjai, acrescentando que a situação se está
a degradar.
O responsável pela
comunicação do ministério da Saúde guineense chamou a atenção para os sinais
que um doente deve observar para recorrer imediatamente aos serviços
sanitários: "Em caso de diarreia aguda acompanhada de vómitos o doente
deve procurar rapidamente o centro de saúde mais próximo à sua zona de
residência ou mesmo o hospital Nacional Simão Mendes em Bissau", advertiu.
Bissau tem sido a
zona mais afetada pelo surto de diarreia, com 541 casos. A região de Biombo
(nordeste) registou até quinta-feira passada, 20 casos, e Tombali, no sul, seis
casos, disse Lamine Indjai.
Este responsável
apelou à população para ter cuidados especiais com o manuseamento de alimentos
e bebidas, sobretudo, as que são vendidas nas ruas, alertando também para os
riscos de aglomeração de pessoas nas cerimónias fúnebres ou festas.
"Devemos dizer
à população que a situação não é de alarmar mas também não é boa. Desde o dia
26 de agosto temos estado em prevenção nas fronteiras do país", sublinhou
Lamine Indjai.
Informações médicas
em Bissau apontam para a existência de surtos de cólera nos países vizinhos da
Guiné-Bissau, nomeadamente Senegal e Guiné-Conacri.
Lamine Indjai
lembrou que os primeiros casos de diarreia registados na Guiné-Bissau eram de
pessoas vindas do Senegal.
O último grande
problema de saúde pública na Guiné-Bissau foi em 2008, quando um surto de
cólera matou mais de 200 pessoas, entre cerca de 12 mil infetadas.
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