Projeto
luso-angolano desenvolve investigação na área da saúde desde 2007
04 de Novembro de
2012, 08:26
Nisa Mendes, da
Agência Lusa
Caxito, Angola, 04
nov (Lusa) - O projeto de cooperação luso-angolano Centro de Investigação em
Saúde em Angola (CISA) mantém desde a criação, em 2007, trabalhos de
investigação sobre as doenças que afetam dezenas de milhares de pessoas na
província do Bengo, norte de Angola.
Resultado da
cooperação entre os Governo português e angolano e a Fundação Calouste
Gulbenkian, o CISA pretende, num plano mais geral, contribuir para um melhor
conhecimento das doenças e problemas de saúde que afetam os países em vias de
desenvolvimento.
Estão neste caso as
doenças mais visíveis como a malária, tuberculose e HIV/SIDA, quer as
conhecidas por "doenças negligenciadas" (schistossomíase,
tripanossomíase, febres hemorrágicas virais, filaríases, helmintíases).
Sediado na província
do Bengo, norte de Angola, o CISA pretende ainda funcionar como catalisador da
investigação biomédica, envolvendo investigadores angolanos e de outros países,
particularmente portugueses.
Em declarações à
agência Lusa, a responsável pelo Sistema de Vigilância Demográfica do CISA,
Edite do Rosário, disse que desde a existência do projeto, em 2007, foram já
realizados inquéritos sobre a prevalência da malária, schistossomíase (infeção
parasitária típica nos climas quentes), anemia e da hipertensão.
"Neste momento
temos a decorrer um estudo sobre os principais agentes causais de diarreias nas
crianças. De todas as crianças que vêm aqui à urgência do hospital tentamos
saber quais os principais agentes causais da diarreia", disse Edite do
Rosário, acrescentando que ainda este mês iniciar-se-á um levantamento na
comunidade sobre a schistossomíase.
Segundo aquela
responsável, a malária e a diarreia são os principais motivos que levam
sobretudo crianças ao Hospital Geral do Bengo, com quem o CISA mantém uma parceria,
além da má nutrição, schistossomíase e a anemia.
Atualmente, está a
executar um estudo sobre os principais agentes que causam diarreias em
crianças, uma das doenças que preenchem as urgências do hospital do Bengo.
Além da
investigação, o projeto prevê igualmente o apoio assistencial, ajudando na
melhoria do apoio do Estado nos serviços hospitalares, bem como na formação de
quadros.
No capítulo da
formação, Edite do Rosário referiu que têm decorrido de forma frequente, com
algumas esporádicas, geralmente em parceria com as autoridades sanitárias da
província.
"Tivemos uma
enfermeira que trabalhou aqui no CISA durante cerca três anos, que realizava
formação constante e que deu origem à publicação de manuais de formação, que
abrangiam pessoal técnico do hospital", realçou.
Edite do Rosário
disse que o centro tem encontrado grandes facilidades na implementação do
projeto, sobretudo no contacto com a comunidade, tendo em conta que além da
investigação, o estudo inclui a assistência médica a essas pessoas.
"Quando
fazemos o estudo da malária ou da schistossomíase, também distribuímos
medicação, portanto as pessoas sabem que ao participarem no estudo também estão
a receber esse tratamento", disse Edite do Rosário, salientando que foram
distribuídas cerca de três mil redes mosquiteiras e tratadas todas as pessoas
que foram detetadas com malária e anemia.
"O mesmo
aconteceu com o inquérito de hipertensão. Abrangeu uma amostra de cerca de
1.500 pessoas e a todas a quem foram detetados problemas de hipertensão, cerca
de 25 por cento dos participantes, seguiram depois acompanhamento médico",
frisou.
A implementação do
projeto CISA, que está dotado de um laboratório, um centro de dados e para
armazenamento, enfrenta apenas problemas de ordem logística, principalmente a
falta de energia elétrica.
NME // VM.
Empresa agrícola
luso-angolana prepara-se para apostar na agroindústria
04 de Novembro de
2012, 08:26
Caxito, Angola, 04
nov (Lusa) - A Agrolider, empresa de capitais mistos luso-angolanos, localizada
na província do Bengo, norte de Angola, criada há seis anos prepara-se agora
para expandir os negócios na agroindústria, disse o gerente à agência Lusa.
Com um investimento
inicial de 10 milhões de dólares (cerca de oito milhões de euros), a Agrolider
arrancou com projetos experimentais e somente há três anos apostou em projetos
intensivos de fruticultura.
Segundo João
Macedo, gerente da empresa, numa área de cerca de 350 hectares são
produzidas, além de banana - em que até ao final do ano se prevê uma produção
final de 20 mil toneladas - também melão, melancia e tomate, na ordem das mais
de 10 mil toneladas por cada produto.
"Agora vamos
diversificar as culturas, produzindo mangas, uvas e citrinos",
acrescentou.
Toda a produção da
Agrolider destina-se ao mercado nacional, para as grandes superfícies
comerciais de Luanda, agentes grossistas e vendedoras de mercados públicos, não
havendo ainda condições que permitam pensar na exportação.
A produção de
mangas, uvas e citrinos, nomeadamente laranjas, tangerinas e limão são as novas
apostas do grupo para os próximos tempos, além de alguns projetos que
classificou como "inovadores da agroindústria", que não especificou,
avançando apenas que o seu início é para breve.
A Agrolider está
também presente nas províncias do Kuanza Sul e Huíla, ambas com produção virada
para a fruticultura e horticultura.
NME // VM.
*O título nos
Compactos de Notícias são de autoria PG
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