Fernanda Mestrinho –
Jornal i, opinião – foto Reuters
Síria – parecia que
estava em Damasco.
Espaço aéreo fechado, F16 escoltavam a chanceler, fragatas no
Tejo e parte da cidade fechada (logo aquela onde vivo): chegava Angela Merkel
para um “tempo de antena” para a sua próxima campanha eleitoral. A população
ignorou a visita, restou um espalhafato securitário.
Suécia – com o
aumento dos impostos sinto-me nos países nórdicos.
China – os salários
a baixar e vivo na Ásia.
África – a
corrupção continua e parece que estou num dos países deste misterioso continente.
América – como lá,
na saúde, quem paga tem, quem não paga fica à porta do hospital.
Esta semana tive,
aqui na Europa, um cheirinho da Primavera Árabe. Portugal e Espanha em greve
geral, greves parciais e manifestações por essa Europa fora contra a política
de austeridade para uns e paraísos financeiros e fiscais para outros.
Viajo, assim, cá
dentro. Claro que devo ser uma das “doentes” do primeiro-ministro Passos
Coelho. A meu lado, na enfermaria, está agora o governador do Banco de
Portugal, que acaba de dizer que as previsões do governo para o próximo ano não
estão certas.
Aproxima-se a ceia
de Natal. Posta do lombo? Seguindo os ensinamentos de Isabel Jonet, serão umas
pataniscas ou, para outros, um souflé de bacalhau. Mais bem dito: umas raspas
do “fiel amigo”. E, cereja em cima do bolo, o “aguenta, aguenta” do banqueiro
Ulrich. Nestas alturas lembro-me do rei Juan Carlos para Hugo Chávez “Por qué
no te callas?”
Jornalista/advogada
Escreve ao sábado
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