Coque Mukuta – Voz da América, com foto
Demolições são
muitas vezes feitas para garantir projectos de "pessoas ligadas ao
presidente"
LUANDA — O
Executivo de José Eduardo dos Santos poderá responder em tribunal caso não
cesse a onda de desalojamento esforçado nas comunidades angolanas.
A informação vem
das Organizações não Governamentais que analisaram nos últimos três dias em
Luanda a problemática da habitação em Angola.
“A Conferência vai produzir uma relatório que vai produzir um relatório que vai
ser entregue ao Ministro da Justiça e direitos Humanos e a 6ª Comissão da
Assembleia Nacional” disse.
Morais disse tambem que ser recolhidas assinaturas “para uma carta que vamos
fazer chegar ao Presidente da República para exigirmos o respeito aos Direitos
Humanos”.
Para o Jurista Marcolino Moco um dos oradores da referida conferência o grande
problema das demolições está jaz no facto de muitas das vezes pessoas
ligadas ao Presidente José Eduardo dos Santos orientam o desalojamento forçado
mesmo sem a criação de condições para as vítimas
O problema em Angola é grave porque as pessoas que já têm casa vem as suas
casas destruídas devido projectos nem sempre do Estado, mas sim de
projectos de pessoas ligadas à família do presidente .
“Mesmo um projecto de Estado não justifica que as pessoas sejam desalojadas de
uma forma desumana” frisou
“O problema não é que o estado seja obrigado a dar uma casa à cada um, mas que
o estado se esforce para criar condições para que as pessoas tenham casas”
afirmou
Rafael Morais garantiu a Voz da América que caso não se pare as práticas de
desalojamentos esforçados, as Organizações não Governamentais, irão partir para
contencioso judicial contra o governo angolano.
“O senhor ministro do Território Bornito de Sousa ontem disse que está em
aberto (ao diálogo),” disse.
“Queremos ver que tipo de abertura,” acrescentou afirmando ainda que que se não
avançar avanços em se resolver a questão “vamos avançar a justiça”.
“Vamos começar aqui e depois recorremos a justiça internacional,” disse Rafael
Morais coordenador da SOS, Habitat na conferência sobre a problemática da
habitação em Angola realizada em Luanda.
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