SIC Notícias – Lusa, com foto
Num dia em que
milhões de sul-africanos se interrogam sobre o real estado de saúde do
ex-Presidente Nelson Mandela, hospitalizado no sábado em Pretória, o chefe do
Estado, Jacob Zuma, garantiu que "Madiba" está confortável e em boas mãos".
Zuma, que emitiu
através do seu porta-voz esta curta mensagem, foi a única pessoa, fora do
círculo familiar do ex-Presidente e resistente anti-"apartheid", a
visitar Mandela na unidade hospitalar da capital, onde foi admitido no sábado
para, segundo um comunicado presidencial, "ser submetido a exames de
rotina".
Em inúmeras igrejas
do país, sul-africanos de várias religiões rezaram hoje pela saúde do homem
que, ao cabo de 27 anos de encarceramento, lançou as fundações da "nova
África do Sul", multirracial, democrática e livre de discriminação de
qualquer ordem.
Regina Mundi, no
coração do Soweto, a igreja que se tornou um marco na luta contra o
"apartheid" e que foi frequentada por inúmeros resistentes nos tempos
da luta contra o regime, foi hoje palco de um serviço especial dedicado a
"Madiba" e que contou com centenas de fiéis.
Entre as milhares
de mensagens alusivas ao internamento de Nelson Mandela hoje tornadas públicas,
é destacada a da Fundação Ahmed Kathrada, que ostenta o nome de um prisioneiro
político que privou de perto durante muitos anos com Mandela em Roben Island. "Até
mesmo em ocasiões tão mundanas como visitas de rotina ao hospital tu fazes com
que sul-africanos de todos os cantos deste país se unam na preocupação e
carinho que nutrem por ti", refere a mensagem da Fundação Ahmed Kathrada,
que exorta todas as crianças sul-africanas a prosseguirem o sonho de Mandela de
construir uma nação democrática e multirracial.
Patrick Craven, o
porta-voz da central sindical COSATU, enviou também votos de rápidas melhoras
ao ex-Presidente em nome da sua organização e dos quatro milhões de
trabalhadores nela filiados. "Recupere rapidamente e continue a
inspirar-nos", refere Craven, recordando que Mandela tem inspirado os seus
compatriotas durante grande parte dos seus 94 anos de vida, desde os tempos da
luta, aos de prisão, de negociações, de presidência e aos anos de reforma da
política ativa dedicados ao bem comum.
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