TSF - Publicado ontem às 20:10
O grupo angolano
disse hoje, em comunicado, que tem «disponibilidade e meios» para avançar com a
privatização da RTP, se o modelo proposto pelo Governo se revelar «um negócio
interessante».
«Na hipótese de a
solução a definir pelo Governo português para a privatização ou concessão da
RTP se revelar um negócio interessante para as partes, a Newshold tem
disponibilidade e meios para, isoladamente ou em parceria, apresentar uma
candidatura séria, com vista a assegurar e garantir a implementação de um
projeto verdadeiramente sólido e independente para a RTP», refere o comunicado,
enviado à agência Lusa pelo conselho de administração da Newshold.
O texto, longo e
com diversos pontos, é crítico para com os «órgãos de comunicação social,
jornalistas e comentadores» em Portugal que, diz a administração, caracterizam
a Newshold «como uma empresa 'misteriosa' sobre a qual pouco ou nada se sabe».
O grupo esclarece
aquilo que diz ser uma «falsidade», respeitante à propriedade da empresa.
«Convém esclarecer
que todos os acionistas da Newshold, não obstante terem nacionalidade angolana,
são também cidadãos de nacionalidade portuguesa, possuindo dupla
nacionalidade», aponta a nota.
A Newshold diz
também que «nenhum dos jornalistas ou comentadores que têm atentado contra a
honorabilidade» da empresa pode explicar em que medida é que «proveitos obtidos
em Angola (que têm suportado a atividade da Newshold em Portugal) são
diferentes dos proveitos obtidos igualmente« naquele país africano e que hoje
«suportam e financiam a atividade em Portugal de tantas empresas».
«Em que é que o
capital da Newshold com origem em Angola é diferente do capital com origem em
Angola que hoje permite em Portugal a sobrevivência de muitas empresas de
tantas áreas e que está a auxiliar a recapitalização da banca?», questiona o
grupo.
O texto, assinado
por Sílvio Alves Madaleno, presidente do conselho de administração, e Mário
Ramires, CEO da entidade, diz que a Newshold «não ignora que, na origem da
recente onda de notícias e opiniões difamatórias que têm sido publicadas, está
a eventual privatização da RTP e a compreensível apreensão que a incerteza
quanto ao destino da operadora pública de televisão em Portugal está a criar
nos principais 'players' do mercado».
O interesse na RTP,
sustenta no final do texto a Newshold, não será alterado «por quaisquer
afirmações de cariz xenófobo, nem tão pouco por processos de intenção ou teorias
da conspiração que possam vir a ser formuladas com o objetivo de denegrir» a
empresa «ou a sua estrutura acionista».
RTP – Do “estamos
juntos”, ao “isto anda tudo ligado”... quanto caminho andado!
Cantigueiro – de Samuel
Uma
empresa angolana assume, finalmente!, que está a fim de comprar a RTP
Eina ca ganda
surpresa!!!
A notícia, não
trazendo novidade nenhuma, serve, pelo menos, para colocar as “legendas” correctas
nas mal contadas viagens de "negócios" de Relvas a Angola, levando na
comitiva o tal senhor da Ponte, que agora até já foi colocado na presidência da
administração da RTP... para, no terreno, orientar a transacção.
Como a melhor
defesa é o ataque... os capitalistas angolanos vão já avisando que qualquer
comentário contrário ao negócio, será qualificado como xenofobia.
Para mim, a técnica
de apontar o dedo ao “branco colonialista e racista”... não pega. Não o fui,
não o sou, nunca o serei!
Seja como for, sei
que não há campos habitados exclusivamente por inocentes. Os filhos da puta
atacam em todas as esquinas do mundo, apregoam vários credos e ostentam todas
as cores... nas bandeiras e na pele!
Opiniões em registo
audio na TSF:
- Pedro Santos
Guerreiro, diretor do Jornal de Negócios, considera que com este comunicado a
Newshold está a fazer-se de vítima
- O diretor do
Diário Económico, António Costa, entende que as acusações de xenofobia por
parte da Newshold não têm razão de ser e que o mistério ainda persiste
- André Macedo,
diretor do jornal digital Dinheiro Vivo, diz-se espantado com as palavras que a
Newshold escolheu para garantir que não há razão para dúvidas e receios
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