Jornal i - Lusa
O ministro da
Administração Interna, Miguel Macedo, disse hoje que Portugal está a avaliar a
possibilidade da PSP e da GNR participarem em futuras missões internacionais,
escusando-se a avançar quais os países que fizeram o pedido.
No final da cerimónia
de condecoração aos elementos da Unidade de Intervenção da GNR que estiveram em
missão em Timor-Leste, Miguel Macedo adiantou que Portugal foi solicitado para
participar em missões internacionais, quer ao abrigo das Nações Unidas quer no
âmbito do esforço europeu.
Nesse sentido, o
ministro afirmou que “neste momento” o Governo está “a ponderar as várias
possibilidades que foram colocadas”.
O governante
considerou importante que Portugal esteja presente em missões internacionais,
mas esclareceu que o número de elementos será inferior.
“Estamos neste
momento a fazer essa avaliação. Estão em curso várias candidaturas, mas ainda
não sabemos qual a decisão de quem abriu essas candidaturas em relação a esse
empenhamento”, realçou.
O ministro da
Administração Interna recordou que Portugal e Timor-Leste têm um acordo de
cooperação na área da segurança celebrado no final de 2011.
No âmbito desse
acordo, Portugal já recebeu a solicitação do governo timorense para que
elementos da GNR possam continuar a dar formação e ajudar na construção da
Polícia Nacional de Timor-Leste, referiu, adiantando que, neste momento, esse
pedido está a ser avaliado.
Miguel Macedo
condecorou hoje, na Escola da Guarda, em Queluz, a Unidade de Intervenção da
Guarda Nacional Republicana com a Medalha de Serviços Distintos de Segurança
Pública, Grau Ouro, assinalando esta cerimónia o fim de missão do
subagrupamento Bravo, em Timor-Leste.
Na cerimónia, na
qual esteve também presente o ministro da Saúde, Paulo Macedo, foram também
distinguidos profissionais do INEM, que estiveram em missão naquele país.
A presença da GNR
em Timor-Leste teve início em 2000 com a administração transitória da ONU. Com
a crise política e militar de 2006, o Governo timorense pediu a Portugal o
envio de um contingente para garantir a segurança interna do país.
No conjunto das
duas missões, participaram um total de 2.233 militares da GNR, 479 no período
de 2000 a 2002, e 1.754 entre 2006 e 2012.
Nas missões
desempenhadas em Timor-Leste, a GNR destaca a detenção do líder dos
peticionários, Major Reinado em 2006, a segurança aos processos eleitorais, a
intervenção que permitiu salvar a vida ao então presidente da República,
Ramos-Horta, aquando da sua tentativa de assassinato em 11 de fevereiro de 2008
e o apoio prestado à Polícia Nacional de Timor-Leste no controlo dos distúrbios
que assolaram o território após as eleições parlamentares de 2012.
A GNR terminou a
atividade operacional em Timor-Leste a 31 de outubro.
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