quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Portugal avalia participação da PSP e GNR em futuras missões internacionais

 

Jornal i - Lusa
 
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse hoje que Portugal está a avaliar a possibilidade da PSP e da GNR participarem em futuras missões internacionais, escusando-se a avançar quais os países que fizeram o pedido.
 
No final da cerimónia de condecoração aos elementos da Unidade de Intervenção da GNR que estiveram em missão em Timor-Leste, Miguel Macedo adiantou que Portugal foi solicitado para participar em missões internacionais, quer ao abrigo das Nações Unidas quer no âmbito do esforço europeu.
 
Nesse sentido, o ministro afirmou que “neste momento” o Governo está “a ponderar as várias possibilidades que foram colocadas”.
 
O governante considerou importante que Portugal esteja presente em missões internacionais, mas esclareceu que o número de elementos será inferior.
 
“Estamos neste momento a fazer essa avaliação. Estão em curso várias candidaturas, mas ainda não sabemos qual a decisão de quem abriu essas candidaturas em relação a esse empenhamento”, realçou.
 
O ministro da Administração Interna recordou que Portugal e Timor-Leste têm um acordo de cooperação na área da segurança celebrado no final de 2011.
 
No âmbito desse acordo, Portugal já recebeu a solicitação do governo timorense para que elementos da GNR possam continuar a dar formação e ajudar na construção da Polícia Nacional de Timor-Leste, referiu, adiantando que, neste momento, esse pedido está a ser avaliado.
 
Miguel Macedo condecorou hoje, na Escola da Guarda, em Queluz, a Unidade de Intervenção da Guarda Nacional Republicana com a Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública, Grau Ouro, assinalando esta cerimónia o fim de missão do subagrupamento Bravo, em Timor-Leste.
 
Na cerimónia, na qual esteve também presente o ministro da Saúde, Paulo Macedo, foram também distinguidos profissionais do INEM, que estiveram em missão naquele país.
 
A presença da GNR em Timor-Leste teve início em 2000 com a administração transitória da ONU. Com a crise política e militar de 2006, o Governo timorense pediu a Portugal o envio de um contingente para garantir a segurança interna do país.
 
No conjunto das duas missões, participaram um total de 2.233 militares da GNR, 479 no período de 2000 a 2002, e 1.754 entre 2006 e 2012.
 
Nas missões desempenhadas em Timor-Leste, a GNR destaca a detenção do líder dos peticionários, Major Reinado em 2006, a segurança aos processos eleitorais, a intervenção que permitiu salvar a vida ao então presidente da República, Ramos-Horta, aquando da sua tentativa de assassinato em 11 de fevereiro de 2008 e o apoio prestado à Polícia Nacional de Timor-Leste no controlo dos distúrbios que assolaram o território após as eleições parlamentares de 2012.
 
A GNR terminou a atividade operacional em Timor-Leste a 31 de outubro.
 

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