*Ana Margoso – Club
K - Fonte: Facebook
TPA insinuou que
foi morto por um general da UNITA
Luanda -
“Augusto sou eu, não morri”, foi nestes termos que o cidadão dado como morto
pela TPA se dirigiu aos jornalistas na última segunda-feira 21 de Janeiro de
2013. Damião Kapaka Augusto disse lamentar que um assunto de negócio se tenha
transformado num assunto político.
“Eu não sou
político, eu sou cidadão”, esclareceu, adiantando ter combinado com o senhor
Chitombi a comercialização de pedras de diamente, tendo aquele feito a primeira
prestação de 10.000 dólares na presença de Carlota Tekassala e de seu marido.
Na sua conversa com os jornalistas, Damião Kapaka Augusto acusou Carlota de se
ter aproveitado da sua ausência para estorquir dinheiro ao General
Chitombi. Afirma que após ter se ausentado para a RDC em tratamento
médico de sua esposa, Carlota Tekassala entrou em cena, cobrando dinheiro em
nome de Augusto a quem passou a chamar de seu gerente.
“Eu nunca fui gerente de Carlota”, desmente, sublinhando, entretanto, conhecer
nas suas lides de negócio no Andulo.
Alega que quando chegou à Luanda, proveniente da RDC, soube por intermédio de
um outro seu conhecido Patrick, que Carlota foi recebendo dinheiro do general
Chitombi, alegando que Augusto era apenas seu gerente e que a proprietária das
pedras preciosas era ela.
O assunto começa a ter contornos estranhos a partir do momento em que Carlota
Tekassala instou Augusto a se manter escondido longe dos olhares de pessoas
conhecidas, para que prevalecesse a versão segundo a qual Augusto gerente de
Carlota Tekassala teria sido morto por Isaías Chitombi.
A trama custaria 1,5 (milhão e meio) de dólares ao general Isaías Chitombi.
Após ter negado a orientação de Carlota Tekassala, Augusto começou a receber
mensagens telefónicas com ameças de morte o que levou a denunciar o facto junto
da DINIC – Direcção Nacional de Investigação Criminal.
Para a sua surpresa, o infelez recebeu no dia 27 de Dezembro de 2012, visita de
agentes da polícia nacional que o prenderam e levaram para as instalações da
DINIC onde, segundo conta foi submetido a uma sessão de interrogatório que decorreu
das 18H00 às 00H30 do dia seguinte.
“Depois de interrogatórios com purrada me meteram na cela, dormi na cela me
bateram, obrigando-me dizer que Augusto não sou eu, obrigaram-me a pedir
desculpa à familia do Augusto. Mas como é que vou pedir desculpa a família, se
Augusto sou eu”, declarou.
O cidadão contou, ainda que depois daquele epsódio suspeito voltou para a sua
casa por volta das 17 horas, tendo no dia seguinte recebido outra delegação que
se fazia transportar num carro, com jornalistas da TPA.
“Veio um chefe dizer que nós viemos aqui para te filmar (…) tem que dizer que
Augusto não é você”, explicou o cidadão, sublinhando que com o evoluir das
coisas começa a temer pela sua vida.
“A minha vida está
em perigo”, afirmou categórico.
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