MB – SMA - Lusa
Bissau, 27 jan
(Lusa) - O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas do Senegal, general
Mamadu Sow, inicia segunda-feira uma visita de 48 horas à Guiné-Bissau, a
convite do seu homologo guineense, António Indjai, disse à Lusa fonte militar.
Segundo a fonte do
Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, o general Mamadu Sow, 56 anos, deve
visitar algumas unidades militares guineenses e ainda o contingente militar do
seu país estacionado em Bissau no âmbito da Ecomib (Força de alerta da
Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental - CEDEAO).
Na sequência do
golpe de Estado de abril passado na Guiné-Bissau a CEDEAO constituiu para o país
uma força, a Ecomib, composta por mais de 600 soldados, entre os quais 200
senegaleses, entre médicos e engenheiros de construção.
Os médicos
militares senegaleses dão consultas no hospital militar de Bissau enquanto que
os engenheiros aguardam pela ordem para iniciar as obras de reparação de
quartéis guineenses.
A fonte do
Estado-Maior das Forças Armadas guineenses admitiu à Lusa "ser
provável" que a visita do general Mamadu Sow sirva para que as autoridades
de Bissau tirem dúvidas sobre se um contingente da Guiné-Bissau irá ou não
tomar parte no teatro da guerra no Mali.
Há mais de dois
meses que 120 militares guineenses estão em preparação na base área de Bissau.
As autoridades militares diziam, ainda no mês de dezembro, que os militares
guineenses iriam participar na guerra do Mali mas sob o comando senegalês.
Recentemente o
Presidente de transição do país, Serifo Nhamadjo, de regresso de cimeira
extraordinária da CEDEAO em Abidjan, afirmou que a Guiné-Bissau não iria enviar
soldados para o Mali, pelo menos por enquanto, por falta de meios financeiros.
É que a cimeira de
Abidjan decidiu que quem enviasse a sua tropa ao Mali nos primeiros três meses
irá suportar as despesas.
O novo chefe do
Estado-Maior General das Forças Armadas do Senegal, que substituiu no cargo, em
outubro passado, o general Mamadu Fall, era o responsável principal das forças
da Monusco (Missão das Nações Unidas para estabilização do Congo) e antes ainda
foi o comandante militar da região da Casamance, onde uma rebelião luta pela
secessão do resto do Senegal há mais de 20 anos.
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