domingo, 27 de janeiro de 2013

Chefe das Forças Armadas do Senegal visita Guiné-Bissau a partir de segunda-feira




MB – SMA - Lusa

Bissau, 27 jan (Lusa) - O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas do Senegal, general Mamadu Sow, inicia segunda-feira uma visita de 48 horas à Guiné-Bissau, a convite do seu homologo guineense, António Indjai, disse à Lusa fonte militar.

Segundo a fonte do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, o general Mamadu Sow, 56 anos, deve visitar algumas unidades militares guineenses e ainda o contingente militar do seu país estacionado em Bissau no âmbito da Ecomib (Força de alerta da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental - CEDEAO).

Na sequência do golpe de Estado de abril passado na Guiné-Bissau a CEDEAO constituiu para o país uma força, a Ecomib, composta por mais de 600 soldados, entre os quais 200 senegaleses, entre médicos e engenheiros de construção.

Os médicos militares senegaleses dão consultas no hospital militar de Bissau enquanto que os engenheiros aguardam pela ordem para iniciar as obras de reparação de quartéis guineenses.

A fonte do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses admitiu à Lusa "ser provável" que a visita do general Mamadu Sow sirva para que as autoridades de Bissau tirem dúvidas sobre se um contingente da Guiné-Bissau irá ou não tomar parte no teatro da guerra no Mali.

Há mais de dois meses que 120 militares guineenses estão em preparação na base área de Bissau. As autoridades militares diziam, ainda no mês de dezembro, que os militares guineenses iriam participar na guerra do Mali mas sob o comando senegalês.

Recentemente o Presidente de transição do país, Serifo Nhamadjo, de regresso de cimeira extraordinária da CEDEAO em Abidjan, afirmou que a Guiné-Bissau não iria enviar soldados para o Mali, pelo menos por enquanto, por falta de meios financeiros.

É que a cimeira de Abidjan decidiu que quem enviasse a sua tropa ao Mali nos primeiros três meses irá suportar as despesas.

O novo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas do Senegal, que substituiu no cargo, em outubro passado, o general Mamadu Fall, era o responsável principal das forças da Monusco (Missão das Nações Unidas para estabilização do Congo) e antes ainda foi o comandante militar da região da Casamance, onde uma rebelião luta pela secessão do resto do Senegal há mais de 20 anos.

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