Deutsche Welle
A situação
económica internacional vai afectar o crescimento de São Tomé e Príncipe, que
não deverá crescer mais do que 4,5% em 2013. Analistas defendem a procura de
novos investidores para evitar um cenário negro.
As fragilidades
macroeconómicas do país são profundas, reconheceu quinta-feira (27.12.2102) a
governadora do Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP), Maria Silveira,
durante o balanço anual sobre a situação económica do país.
Segundo Maria Silveira, a estrutura económica totalmente dependente das ajudas externas prejudicou muito o crescimento conseguido este ano, na ordem dos 5%. "O financiamento dos investimentos públicos é feito, em mais de 90%, com recurso a fundos externos e a não entrada desses recursos, conforme previsto, inviabilizou ou dificultou a execução de vários projectos de investimento”, explicou.
Segundo Maria Silveira, a estrutura económica totalmente dependente das ajudas externas prejudicou muito o crescimento conseguido este ano, na ordem dos 5%. "O financiamento dos investimentos públicos é feito, em mais de 90%, com recurso a fundos externos e a não entrada desses recursos, conforme previsto, inviabilizou ou dificultou a execução de vários projectos de investimento”, explicou.
A aprovação de um
plano estratégico para a redução da pobreza até 2016 e que conta com o apoio
financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI), a aprovação de cortes nas
despesas correntes do Estado e a fixação da margem de lucro na comercialização
de nove produtos considerados essenciais foram apontados no balanço como sendo
os progressos de 2012.
No entanto, o analista económico Zeferino Ceita olha com cautela para estas medidas. “Perante a falta de financiamento, tivemos de tomar medidas administrativas. Apesar de termos um acordo internacional, torna-se necessário o investimento direto externo”, defende.
Cenário económico sem grandes alterações
Tanto para o BCSTP como para o analista económico, face à conjuntura de crise financeira internacional, 2013 não irá trazer muitas mudanças para o actual cenário económico do país. Enquanto os parceiros de cooperação continuarem com problemas, o país estará na mesma situação, afirma Zeferino Ceita.
Por isso, são necessárias soluções urgentes. “Enquanto os nossos parceiros europeus, como doadores internacionais, sobretudo Portugal, continuarem na situação em que se encontram e enquanto não tivermos a capacidade de diversificar as nossas fontes de financiamento, teremos mais problemas”, prevê o analista.
No entanto, o analista económico Zeferino Ceita olha com cautela para estas medidas. “Perante a falta de financiamento, tivemos de tomar medidas administrativas. Apesar de termos um acordo internacional, torna-se necessário o investimento direto externo”, defende.
Cenário económico sem grandes alterações
Tanto para o BCSTP como para o analista económico, face à conjuntura de crise financeira internacional, 2013 não irá trazer muitas mudanças para o actual cenário económico do país. Enquanto os parceiros de cooperação continuarem com problemas, o país estará na mesma situação, afirma Zeferino Ceita.
Por isso, são necessárias soluções urgentes. “Enquanto os nossos parceiros europeus, como doadores internacionais, sobretudo Portugal, continuarem na situação em que se encontram e enquanto não tivermos a capacidade de diversificar as nossas fontes de financiamento, teremos mais problemas”, prevê o analista.
Para o próximo ano,
o BCSTP prevê um crescimento económico que deverá situar-se entre 4 e 4,5%. “Continuaremos
a gerir a política monetária tendo em vista consolidar os objetivos de inflação
baixa, num regime de taxa de câmbio fixo e de priorização do crescimento
económico real robusto da nossa economia”, anunciou Maria Silveira.
Em 2012, houve uma “tímida” queda da inflação, que "deverá situar-se próximo de 10% em termos acumulados”, acrescentou a governadora do BCSTP, que considera que este nível de inflação é ainda elevado e reflete a “volatilidade da conjuntura interna”.
Em 2012, houve uma “tímida” queda da inflação, que "deverá situar-se próximo de 10% em termos acumulados”, acrescentou a governadora do BCSTP, que considera que este nível de inflação é ainda elevado e reflete a “volatilidade da conjuntura interna”.
Segundo Zeferino
Ceita, o orçamento do estado para 2013, que ainda está em fase de elaboração,
deverá conter medidas que façam com que as despesas correntes do país sejam
financiadas com recursos internos, garantindo assim o quadro de estabilidade
macroeconómica que o país necessita.
Autora: Edlena Barros (São Tomé) - Edição: Madalena Sampaio/António Rocha
Autora: Edlena Barros (São Tomé) - Edição: Madalena Sampaio/António Rocha
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