Jornal de Negócios –
Lusa com foto
O ministro de
Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, visita Angola na
próxima semana, disse hoje em Luanda um responsável do Camões - Instituto da
Cooperação e da Língua (CICL).
O anúncio foi feito
por Francisco Almeida Leite, vogal do Conselho Directivo do CICL, à saída de um
encontro com a secretária de Estado da Cooperação de Angola, Ângela Bragança.
Depois de destacar
que a governante angolana visitará Portugal em data a marcar, Francisco Almeida
Leite disse que Paulo Portas estará em Angola "dentro de muito pouco
tempo".
"Penso eu que
na próxima semana", acrescentou.
O encontro de
representantes do CICL com Ângela Bragança serviu para fazer o balanço do
programa bilateral de cooperação, e abordar o processo de aprovação, pelas
autoridades angolanas, do novo Programa Indicativo de Cooperação (PIC), em
negociação.
O novo PIC, válido
para o quadriénio 2010/2014, substitui o que caducou em 2010, mas tanto Ângela
Bragança como Francisco Almeida Leite consideraram que as relações bilaterais
de cooperação são "dinâmicas", não se reduzindo aos prazos fixados nos
acordos firmados.
"Analisámos
hoje outras modalidades (de cooperação). O PIC para 2010/2014 está em estudo.
Temos que andar mais lentamente para encontrar possibilidades, no quadro da
crise que existe. Queremos fazer coisas que sejam possíveis de realizar, exequíveis,
por isso estamos a negociar", salientou a governante angolana.
Ângela Bragança
adiantou que no encontro foram debatidas "novas modalidades de
cooperação", como a cooperação delegada e a triangular.
"Todos os
caminhos para que esta cooperação dinâmica que temos se mantenha, porque é uma
cooperação ditada por uma história comum, uma unidade linguística e laços
consanguíneos também", considerou.
"Angola vai
manter-se a cooperar com Portugal. No âmbito da crise vamos encontrar saídas.
Não são saídas paternalistas de um e outro lado. São saídas de amigos, de
parceiros", frisou.
Francisco Almeida
Leite, que hoje chegou a Luanda para uma visita de trabalho de três dias, disse
que Portugal está actualmente a desenvolver "uma área muito importante que
é a área da cooperação delegada".
"Portugal
aparece como executor de projectos com financiamento da União Europeia. Essa
área é muito importante. Com as restrições orçamentais, temos que encontrar
novas formas, mais criativas de continuarmos as ajudar os nossos parceiros e
continuarmos em parceria com os Estados que são Estados amigos, como é o caso
de Angola", vincou.
A delegação da CICL
regressa sábado a Portugal e até lá vai reunir-se com os governantes angolanos
que tutelam as áreas em que se desenvolvem os mais importantes projetos da
cooperação portuguesa em Angola: Educação, Saúde e Interior.
Estão nestes casos
os projetos "Saber Mais", de formação de professores, Centro de
Investigação Saúde em Angola (CISA), que engloba as vertentes de assistência
médica, formação pós-graduada de profissionais e investigadores e produção de
estudos na área da saúde, e Técnico-Policial.
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