Governo e partidos
que sustentam Governo são-tomense apelam a regresso da ADI ao parlamento
03 de Janeiro de
2013, 15:28
São Tomé, 03 jan
(Lusa) - O primeiro-ministro são-tomense, Gabriel Costa, apelou hoje à Ação
Democrática Independente (ADI), agora na oposição, para que regresse ao
parlamento e participe "num amplo debate" do programa do seu Governo.
"Auguramos que
os ilustres senhores do grupo parlamentar da ADI possam regressar à casa
parlamentar tão cedo quanto possível, para com as suas experiências animar o
contraditório político, exercer como é de direito a fiscalização governativa,
cumprindo assim o mandato que o povo lhes conferiu", apelou Gabriel Costa.
"É uma situação
anormal, não se pode admitir que essa situação se eternize. É necessário que os
deputados da bancada parlamentar da ADI retomem a razão e retomem o seu lugar
na assembleia nacional", disse, por seu lado, o secretário-geral do
Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social-Democrata
(MLSTP-PSD), Fernando Maquengo.
Para o dirigente,
os deputados da ADI estão a faltar com os compromissos que o povo lhes conferiu
nas urnas ao abandonarem o hemiciclo.
"Os interesses
que estão a provocar esta ausência, este abandono dos deputados a assembleia,
são tão baixos, tão individualistas, tão mesquinhos que não têm sentido de
continuar", disse o secretário-geral do MLSTP-PSD, apelando aos deputados
da ADI para "usarem a sua própria capacidade de análise" e evitar que
"essa situação possa perdurar".
O Movimento
Democrático Força da Mudança -- Partido Liberal (MDFM-PL) considera, por seu
lado, que "já não há razões para os deputados da ADI continuarem ausentes
do parlamento".
"Quer o
Tribunal Administrativo, quer o Tribunal Constitucional não deram razão aos
recursos interpostos pela ADI. Daí que se o argumento era a espera dos
resultados do recurso interposto nos tribunais, os tribunais já se
posicionaram, cabe aos deputados retomarem os seus respetivos lugares no
parlamento", disse Adelino Lucas, secretário-geral do MDFM-PL.
Em dezembro, o
parlamento são-tomense aprovou por unanimidade uma moção de censura ao Governo
de Patrice Trovoada, líder da ADI, e os três principais partidos da oposição
formaram um executivo de coligação e detêm a maioria no parlamento.
Desde a aprovação
da moção de censura que os deputados da ADI se recusam a comparecer no
parlamento. Hoje, no início da sessão de discussão e aprovação do programa do
Governo, chegaram a ocupar os seus lugares, mas abandonaram o hemiciclo logo
depois.
MYB // VM.
Programa do Governo
são-tomense aprovado no parlamento
04 de Janeiro de
2013, 12:09
São Tomé, 04 jan
(Lusa) - O programa do XV Governo constitucional são-tomense foi aprovado hoje pelos
29 deputados que constituem a maioria parlamentar que sustenta o atual
executivo de Gabriel Costa.
Os deputados da
bancada do partido Ação Democrática Independente (ADI), agora na oposição, não participaram
nem no debate nem na votação do programa.
O deputado do
Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social-democrata
(MLSTP-PSD) Rafael Branco advertiu o primeiro-ministro Gabriel Costa de que a
aprovação deste programa não significa que o seu partido esteja "a passar
um cheque em branco ao Governo".
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