A ideia era fazer
um texto a falar da cavalgada do BE sobre os movimentos sociais e o seu
aproveitamento da sua capacidade de mobilização, mas encontrei esta imagem e
não resisti. Agora faria muito mais sentido falar da responsabilidade que ambos
estão a assumir na destruição do Estado Social e do país por não decidindo
abandonar a Assembleia da Republica recusando pactuar com tudo isto e
preferindo fazer lindos discursos de oposição que nada mudam. Na realidade tudo
isto é mais do mesmo, porque só mostram a falta de coragem para avançar, seja
abandonando a Assembleia seja promovendo o protesto popular utilizando o seu
próprio nome, embora aqui também conte, e muito, o saberem que poucos os
seguiriam.
Quer isso dizer que
a manifestação de dia dois me Março é um logro? Não, há gente honestamente
empenhada na sua realização, o manifesto que a convoca podia ter sido escrito
numa sede do Bloco, mas não foi e o pedido da queda do governo é importante,
não para que a democracia de alterne funcione mas sim para que se possa fazer
um debate de politicas e soluções alternativas. Na minha opinião falta muito
daquilo que foram as ideias originais que deram vida a estes movimentos, a
democracia verdadeira, a responsabilização dos governantes a recusa do
capitalismo dos Mercados e todas aquelas ideias que criaram a esperança em
tantos de nós. Falta no manifesto do "Que se lixe a Troika" mas não
tem de faltar na manifestação e nas ideias que para lá levarmos. A Manifestação
de 2 de Março pode vir a ser uma data importante e que mexa com as nossas
vidas, a forma como isso vai acontecer depende muito de nós e na forma como
soubermos ser activos e como soubermos exigir esse futuro.
Pela parte que me
toca apelo à participação de todos, a que tentem mobilizar todos os que puderem
mas que o façam com as vossas ideias, exigindo o que consideram estar certo e
ser justo e recusando que tudo isto desagúe simplesmente numa mudança de caras
e não numa nova forma de fazer politica mais humana, mais justa e numa
democracia mais participativa e directa. Que cada um escreva o seu manifesto e
o divulgue, faça o seu cartaz com as suas soluções e sonhos e grite bem alto o
que lhe vai na alma. Vamos fazer ouvir a nossa voz.
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