As intenções de
voto apontam para a maioria absoluta das forças ultranacionalista e
ultraortodoxas sionistas. É a radicalização de há muito pressentida, na
sociedade israelita, um aglomerado de sete milhões e quinhentos mil habitantes,
um mosaico étnico, um labirinto de guetos, abençoados pelo Estado Bíblico do
Senhor dos Exércitos, protector dos órfãos da diáspora e do holocausto.
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A estas eleições de
2013 concorrem: o LIKUD, partido do actual governo (em desespero pela conquista
dos votos das comunidades ultraortodoxas), que no seu discurso eleitoral
opõem-se a qualquer tratado de paz e ao desmantelamento dos colonatos; os
ultranacionalistas do Habait Hayehudi, defensor da opção bélica; o Beitenud
Israel, aliado do LIKUD e que conta com as simpatias das comunidades judaicas
provenientes da Rússia (consta do programa deste partido o corte do
fornecimento de água e de electricidade aos Palestinianos, assim como o seu
transporte para a Jordânia); o Partido Ultraortodoxo Sefardi; o Judaísmo Unido
da Torá; o Yahadut Hatora, apoiado pelos judeus ortodoxos provenientes da
Lituânia; o KADIMA; o Hatnuah, partido centrista, dissidente do KADIMA; o
Avodá, trabalhista; o Atzmaut, uma dissidência trabalhista, dirigida por Ehud
Barak; o Meretz, da esquerda democrática, defensor da paz; o Zehava Galon,
outra força de esquerda, pacifista; o HADASH, comunista; o Shinuhi, um partido
laico; a coligação Al Balad / Raam Taal, apoiada pela comunidade árabe de
Israel e uma miríade de pequenos partidos sem qualquer hipótese de obterem
representação parlamentar.
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Os temas dominantes
desta campanha têm sido: o programa nuclear iraniano; o apoio iraniano ao
Hamas, na faixa de Gaza e todos os temas relacionados com a ocupação
(colonatos, deslocação de populações, etc.)
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Como as forças
politicas defensoras de posições pacíficas säo minoritárias e sem grande
expressão eleitoral, o grande objectivo destas eleições será a legitimação da
violência, dos bombardeamentos, dos assassínios selectivos, das detenções
ilegais e da continuidade do genocídio provocado pela ocupação.
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OS votos
depositados nas urnas representarão novos muros, fossos, cercas electrificadas,
mais checkpoints, mais exclusão, mais apartheid…É a barbárie do Povo Eleito.
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O proletariado israelita
sofre com os efeitos das políticas neoliberais dos governos de direita.
Marginalização social, precariedade laboral, o altíssimo custo de vida…
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Em 2012 foram
realizadas, nas principais cidades israelitas, enormes manifestações, exigindo
a redução das despesas militares, dos impostos sobre os assalariados, por
melhores condições de habitação, educação e saúde públicas. Milhares de
famílias subsistem com ajuda de subsídios, sujeitos a cortes orçamentais.
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Israel é uma
sociedade mergulhada numa profunda crise social e cultural. O triunfo político
da extrema-direita sionista é uma hecatombe para todo o Médio Oriente. Aos
Palestinianos näo resta outra alternativa senão a luta armada. O discurso e as
políticas postas em práctica pela elite sionista (e pelos sues cúmplices
norte-americanos, sejam obamistas ou conservadores), sempre indisponível para a
paz e sempre preparada para a guerra, a isso obrigam.
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