IGREJA TIMORENSE
ABOMINA FESTA PAGÃ, E MANDA
Referimos aqui
ontem que carnaval a sério é no Brasil. Assim acontece de facto. Contudo não
podemos ignorar o carnaval em Luanda, que cresce em quantidade e qualidade.
Disso nos dá conta o Jornal de Angola em descrição que reproduzimos.
Emprestámos ao
texto um título que aborda a inexistência de festejos carnavalescos em Díli,
Timor-Leste. Pela primeira vez Timor-Leste não tem programa carnavalesco e é o
único país da CPLP que ignora a quadra de folia em que os povos lusófonos
libertam as suas euforias, alegrias e imaginações para brincarem ao carnaval.
Mas, em Timor-Leste tal não vai acontecer. Pergunta-se a razão e talvez a
encontremos na força da igreja fundamentalista timorense que tem uma enorme
influência nos poderes vigentes e que comprovadamente abomina esta quadra pagã.
Assim se comprova que na realidade em Timor-Leste o Estado não está separado da
Igreja e que a palavra dos bispos vale mais do que a de governos eleitos ou de
presidentes da República sufragados pelo povo eleitor.
O Vaticano
é imperador em Timor-Leste sob muitos aspetos. É notório as cedências
dos políticos eleitos ao poderio da Igreja. A subserviência pode ser registada
nesta quadra pagã que já há tempos foi ligeiramente alterada na data por causa
de um tal “dia das cinzas” do calendário litúrgico. A independência de
Timor-Leste perante a Igreja do Vaticano ainda não aconteceu, por isso não há
Carnaval. Até quando? Por razões financeiras não será decerto. Qualquer
"desvio" de verbas da corrupção existente no país daria azo a um bom
carnaval. Se essa preocupação de poupança em Timor-Leste existisse não haveria
fome no país. Se assim não é que seja dada uma explicação aos que se preparavam
para a folia. (BG – TLN)
Angola: Carnaval na
rua
O grupo
carnavalesco União 54, da Maianga, é o grande ausente do Entrudo de Luanda.
António de Oliveira
“Delón”, secretário-geral da Associação Provincial do Carnaval de Luanda
(Aprocal) disse ao Jornal de Angola que há descontentamento dos elementos do
grupo que denunciam desfalques de dinheiro e falta de transparência na gestão.
O grupo ficou na
nona posição da Classe B na edição passada, o que prejudicou a transição para a
Classe A. Por isso foi tomada a decisão de se afastar da presente edição. Os
elementos do grupo também discordam da decisão do júri e põem em causa a sua
idoneidade.
A decisão de não
participar na festa do Carnaval foi tomada em Setembro do ano passado e por
isso o Grupo União 54 não recebeu os apoios financeiros nem o material a que os
grupos carnavalescos têm direito.
António de Oliveira
“Delón” disse que a Associação Provincial do Carnaval de Luanda vai reunir esta
semana com a direcção do Grupo União 54, para encontrar uma solução. Fundado a
5 de Junho de 1954, o colectivo tem como estilo o semba e participou em 34
edições do Carnaval, tendo vencido em 1998.
Outro ausente é o
Unidos do Caxinde, que aposta no Carnaval de rua. De acordo com o sorteio, era
o primeiro grupo a desfilar.
Hoje desfilam 15
grupos carnavalescos da Classe B (adultos), a partir das 16h00, na Avenida Nova
Marginal, em Luanda. Os representantes dos municípios de Luanda, Viana,
Quissama e Icolo e Bengo disputam os cinco lugares cimeiros, com vista ao
acesso directo à classe principal do próximo ano. Mas para subirem de divisão
têm de se exibir de forma a convencer o júri, que tem como critérios de
avaliação o corte, painel, comandante, alegoria e falange de apoio, cuja
pontuação é de zero a dez em cada item podendo totalizar 40 pontos. As
disciplinas da dança e da canção têm as maiores pontuações, de zero a 15 pontos
em cada item, podendo mesmo totalizar 60.
Eis a ordem do
desfile ditada pelo sorteio: União Angola Independente, Twafundumuka, Tonesa,
União do Dungo, Juventude do Kilamba Kiaxi, Povo da Samba, União Giza, Zambas
da Quissama, União Domante, Amazonas do Prenda, Nova Geração do Mar, Unidos do
Kilamba Kiaxi, Geração Sagrada e União Tuabixila.
Bafos vence no
Moxico
O grupo
carnavalesco Bafos Produção, do Bairro Aço, sagrou-se ontem o vencedor do
Carnaval Infantil, no Moxico, com 750 pontos, na sua terceira participação,
seguido dos grupos Graças à Paz, do bairro Kapango, com 717 pontos, e 8 de
Janeiro, do bairro Compão, com 620 pontos.
O primeiro
classificado recebe como prémio o valor de 600 mil kwanzas, o segundo
classificado 500 mil e o terceiro, 400 mil kwanzas. Os restantes recebem o
valor de 70 mil kwanzas como prémio de participação. Nesta edição, o júri
avaliou ainda a melhor canção, indumentária, coreografia e melhor organização.
Participaram no desfile 13 grupos, vindos de diversos bairros do Luena e das
escolas.
Hernâni Chingangum,
responsável do grupo vencedor, disse que os integrantes tinham a lição
estudada, fruto de duas participações nas edições anteriores em que o grupo
terminou na segunda posição. “Vamos continuar a trabalhar para levar o troféu
ao bairro e superar algumas falhas que notamos desta vez. Pretendemos
igualmente aumentar o número de dançarinos e escrever novas mensagens”, disse.
*Publicado em TIMOR
LOROSAE NAÇÃO – veja os títulos mais recentes em português:
1 comentário:
Mas que o carnival não teria que ser no mesmo dia da semana das cinzas, pois não?
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