terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Estudantes universitários na manifestação Que se Lixe a Troika de 02 de março




JOP -  MAG - Lusa

Os estudantes universitários vão participar, de forma organizada, na manifestação Que se Lixe a Troika de 2 de março, em várias cidades do país, contra as medidas de austeridade impostas pelo Governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

João Mineiro, um dos 25 subscritores do manifesto "Que se Lixe a Troika, Queremos o Ensino Superior de Volta!", que integra alunos do ensino superior, ativistas e dirigentes de associações estudantis, referiu à agência Lusa que se perspetiva que "milhares de estudantes universitários se associarão à manifestação".

No entanto, o número previsto será superior, uma vez que "se prevê que muitos mais estudantes universitários se manifestem, mas não de forma organizada".

Parte dos subscritores do manifesto estão ligados ao ISCTE, em Lisboa, onde o ministro Miguel Relvas foi hoje vaiado, mas João Mineiro não estabelece "qualquer relação" entre o documento e o protesto, no encerramento de uma conferência da TVI, que impediu o governante de discursar.

"Há pessoas que subscreveram o manifesto que estiveram no protesto de hoje. Mas o texto do documento foi decidido antes e levou duas semanas a ser trabalhado", revelou João Mineiro.

No manifesto, os subscritores dizem que "a troika e os troikistas só pioraram o desenvolvimento" das políticas do Governo.

"Colocando os estudantes e os jovens a pagar uma dívida que não é sua e cortando no ensino superior para que se paguem os juros absolutamente agiotas, a troika, o seu governo e os partidos que estão comprometidos com a política austeridade (seja ela muito ou pouco inteligente), decidiram atacar profundamente o que restava do Ensino Superior Público", sublinha-se no manifesto, no qual se apela "à participação maciça dos estudantes", a 2 de março.

No documento, refere-se ainda que as políticas de austeridade "cortam profundamente o financiamento das instituições, vedam a entrada aos estudantes mais pobres e expulsam ou endividam os estudantes que já frequentam o ensino superior", "cerca de 12.000 estudantes que devem 200 milhões de euros à banca".

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