JOP - MAG - Lusa
Os estudantes
universitários vão participar, de forma organizada, na manifestação Que se Lixe
a Troika de 2 de março, em várias cidades do país, contra as medidas de
austeridade impostas pelo Governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
João Mineiro, um
dos 25 subscritores do manifesto "Que se Lixe a Troika, Queremos o Ensino
Superior de Volta!", que integra alunos do ensino superior, ativistas e
dirigentes de associações estudantis, referiu à agência Lusa que se perspetiva
que "milhares de estudantes universitários se associarão à
manifestação".
No entanto, o
número previsto será superior, uma vez que "se prevê que muitos mais
estudantes universitários se manifestem, mas não de forma organizada".
Parte dos
subscritores do manifesto estão ligados ao ISCTE, em Lisboa, onde o ministro
Miguel Relvas foi hoje vaiado, mas João Mineiro não estabelece "qualquer
relação" entre o documento e o protesto, no encerramento de uma
conferência da TVI, que impediu o governante de discursar.
"Há pessoas
que subscreveram o manifesto que estiveram no protesto de hoje. Mas o texto do
documento foi decidido antes e levou duas semanas a ser trabalhado",
revelou João Mineiro.
No manifesto, os
subscritores dizem que "a troika e os troikistas só pioraram o
desenvolvimento" das políticas do Governo.
"Colocando os
estudantes e os jovens a pagar uma dívida que não é sua e cortando no ensino
superior para que se paguem os juros absolutamente agiotas, a troika, o seu
governo e os partidos que estão comprometidos com a política austeridade (seja
ela muito ou pouco inteligente), decidiram atacar profundamente o que restava
do Ensino Superior Público", sublinha-se no manifesto, no qual se apela
"à participação maciça dos estudantes", a 2 de março.
No documento,
refere-se ainda que as políticas de austeridade "cortam profundamente o
financiamento das instituições, vedam a entrada aos estudantes mais pobres e
expulsam ou endividam os estudantes que já frequentam o ensino superior",
"cerca de 12.000 estudantes que devem 200 milhões de euros à banca".
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