quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

POLÍCIA SUL-AFRICANA ASSASSINA POR ARRASTAMENTO TAXISTA MOÇAMBICANO - vídeo




Homem é arrastado por carro da polícia na África do Sul

BBC

Autoridades sul-africanas abriram nesta quinta-feira uma investigação sobre a morte de um taxista moçambicano que foi algemado na traseira de uma van da polícia e arrastado pelas ruas de Johannesburgo. A cena foi gravada por um pedestre em seu celular e divulgada na imprensa do país.

Um porta-voz do Diretório de Investigação da Polícia disse estar "chocado" com as imagens.

Grupos de direitos humanos acusaram a polícia da África do Sul de "brutalidade".

A imprensa local noticiou que a polícia inicialmente agrediu o homem de 27 anos, acusando-o de ter estacionado seu táxi em local proibido.

O vídeo mostra uma multidão de pessoas ao redor de policiais uniformizados que algemam o homem na van e o arrastam em disparada.

Depois de ter sido arrastado, o taxista foi detido e morreu na delegacia, segundo a imprensa sul-africana.

"Nós estamos investigando o incidente envolvendo a morte de um homem, aparentemente pelas mãos da polícia. Estamos chocados com o vídeo desde que ele foi divulgado", afirmou o porta-voz da polícia, Moses Dlamini, segundo a agência de notícias da AFP.

"As circunstâncias envolvendo sua morte ainda não passam de acusações. Vamos investigar e entender o que realmente aconteceu".

A ONG Anistia Internacional informou que há uma "tendência incrivelmente perturbadora" de brutalidade na polícia na África do Sul.

A comissária da polícia da África do Sul também condenou o episódio.

"O problema é visto pelo Comissariado Nacional como algo muito sério e nós o condenamos fortemente", disse Riah Phiyega.

O departamento de polícia, entretanto, não informou se os policiais envolvidos no incidente foram punidos, acrescentou a AFP.

Este não é o primeiro episódio de violência policial na África do Sul. Em agosto do ano passado, a polícia matou à queima-roupa 34 mineiros que protestavam na mina de platina Marikana, no noroeste do país.

O caso ainda está sendo investigado por uma comissão de juízes indicada pelo presidente sul-africano, Jacob Zuma.

*Título PG

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