Investimentos na
área de carvão em Moçambique ultrapassaram 3,8 mil ME nos últimos anos -
Governo
27 de Fevereiro de
2013, 15:17
Maputo, 27 fev
(Lusa) - A ministra dos Recursos Minerais de Moçambique, Esperança Bias,
afirmou hoje que mais de 3,8 mil milhões de euros foram investidos na prospeção
e exploração de carvão no país, nos últimos anos.
Falando em Maputo
numa reunião sobre as receitas dos recursos minerais, Esperança Bias disse que
os avultados investimentos na prospeção e produção de carvão vão permitir que o
país produza mais de 50 milhões de toneladas de carvão a partir de 2010.
"Existem
condições para, até 2020, o país possa explorar anualmente mais de 50 milhões
de toneladas de carvão de coque e carvão térmico. Moçambique é referenciado
como podendo vir a ser um dos cinco países maiores exportadores de carvão de
coque a nível mundial", enfatizou Esperança Bias.
Em 2012, assinalou
a ministra dos Recursos Minerais moçambicana, o país produziu 4,9 milhões de
toneladas de carvão em 2012, o maior volume desde o início da exploração do
minério.
Esperança Bias
afirmou que o Governo concedeu quatro licenças de produção de carvão a igual
número de empresas e está em curso a emissão de mais concessões.
A aposta do Governo
moçambicano é a construção e reabilitação de infraestruturas para o escoamento
do enorme potencial de que o país dispõe, acrescentou a governante.
PMA // VM.
Governo moçambicano
quer tornar país "numa verdadeira plataforma logística internacional"
28 de Fevereiro de
2013, 09:18
Maputo, 28 fev
(Lusa) - O primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, afirmou hoje que o
seu Governo pretende transformar o país "numa verdadeira plataforma
logística internacional", apostando no desenvolvimento de infraestruturas
ferro-portuárias.
Alberto Vaquina
referiu-se ao objetivo de Moçambique de capitalizar a sua posição geográfica,
que lhe permite o acesso ao Oceano Índico, falando na abertura da Conferência
dos Portos e Logística do Oceano Índico, que se realiza na Beira, capital da
província de Sofala, centro de Moçambique.
Em Moçambique,
assinalou o primeiro-ministro, estão em curso projetos de construção,
reabilitação e modernização de infraestruturas ferro-portuárias nas três
regiões do país, nomeadamente, sul, centro e norte, para elevar a capacidade de
escoamento de tráfego.
"O Complexo
Portuário de Techobanine visa a construção, de raiz, de um porto de águas
profundas para navios de grande calado, complementando o Porto de Maputo, bem
como construir uma linha férrea ligando Techobanine ao Botsuana e
Zimbabué", disse Alberto Vaquina, aludindo ao maior projeto no setor no
sul de Moçambique.
Quando o referido
complexo portuário entrar em operação, terá capacidade para escoar 100 milhões
de toneladas por ano, acrescentou o primeiro-ministro moçambicano.
Alberto Vaquina
apontou também empreendimentos em curso no centro e norte, para a criação de
capacidade de exportação do carvão extraído das reservas de minérios existentes
nas duas regiões.
PMA // VM.
Riqueza de carvão e
gás pode levar a "tensões difíceis de gerir" em Moçambique -- Graça
Machel
28 de Fevereiro de
2013, 16:30
Maputo, 28 fev
(Lusa) -- A riqueza dos recursos minerais moçambicanos, como o carvão e gás
natural, pode levar a "tensões difíceis de gerir" caso não seja
redistribuída de forma justa, alertou hoje Graça Machel, ativista dos Direitos
Humanos e consultora da ONU.
Caso a riqueza não
seja distribuída de forma equitativa o país estará a "semear não apenas a
suspeita", mas "já a semear o ódio", adiantou Machel, antiga
primeira-dama de Moçambique, numa reunião do Banco Africano de Desenvolvimento.
A tensão, adiantou,
poderá ser especialmente elevada entre os jovens, que se consideram excluídos
do debate sobre a riqueza mineral do país, que está a tornar-se um importante
exportador de minério, em especial carvão, e de gás.
"Não faltará
muito até que vejamos pessoas marchar nas ruas de Maputo. É simples -- têm
fome", disse.
Na reunião dedicada
à gestão de receitas de exploração de hidrocarbonetos, Machel afirmou que
"isto é uma fonte de agitação política (...) e pode levar a tensões que
serão extremamente difíceis de gerir".
Nos últimos anos
têm vindo a ser identificadas reservas de gás de grandes dimensões em
Moçambique, estimadas em 100 biliões de pés cúbicos, o que faz do país um
produtor de nível mundial, atraindo grandes multinacionais para o seu setor
energético.
O país poderá
arrecadar dezenas de milhares milhões de dólares em receitas de exploração de
gás nos próximos anos.
"Subitamente,
deixamos de ser o mais pobre dos pobres para nos tornarmos potencialmente no
terceiro maior produtor de gás no mundo e as perspetivas para o país mudaram
completamente de um dia para o outro", disse Machel.
A maior parte das
reservas de gás têm vindo a ser identificadas na bacia do Rovuma (norte), ao
largo da província de Cabo Delgado, das mais pobres do país.
"Vemos também
uma das província que é a mais pobre entre as pobres a ver-se como a mais
rica", adiantou Graça Machel.
Viúva do primeiro
Presidente de Moçambique, Samora Machel, e mulher do ex-Presidente sul-africano
Nelson Mandela, Graça é membro da organização The Elders ("Os
Anciãos"), um grupo de líderes internacionais independentes dedicado à Paz
e Direitos Humanos, além de perita da ONU para o impacto dos conflitos armados
nas crianças.
Em 2012, foi
escolhida pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, como um dos 26 elementos
do grupo encarregue de preparar a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, sucessora
dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, juntamente com as também lusófonas
Emília Pires, Graça Machel e Vanessa Corrêa.
Esta semana, a
ministra dos Recursos Minerais de Moçambique, Esperança Bias, afirmou que mais
de 3,8 mil milhões de euros foram investidos na prospeção e exploração de carvão
no país, nos últimos anos.
Falando em Maputo
numa reunião sobre as receitas dos recursos minerais, Esperança Bias disse que
os avultados investimentos na prospeção e produção de carvão vão permitir que o
país produza mais de 50 milhões de toneladas de carvão a partir de 2010.
Em 2012, assinalou
a ministra dos Recursos Minerais moçambicana, o país produziu 4,9 milhões de
toneladas de carvão em 2012, o maior volume desde o início da exploração do
minério.
A aposta do Governo
moçambicano é a construção e reabilitação de infraestruturas para o escoamento do
enorme potencial de que o país dispõe, acrescentou a governante.
PDF(PMA) // APN.
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