quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Moçambique: 3,8 M€ INVESTIDOS, PLATAFORMA DO SONHO, GRAÇA MACHEL FALA SÉRIO




Investimentos na área de carvão em Moçambique ultrapassaram 3,8 mil ME nos últimos anos - Governo

27 de Fevereiro de 2013, 15:17

Maputo, 27 fev (Lusa) - A ministra dos Recursos Minerais de Moçambique, Esperança Bias, afirmou hoje que mais de 3,8 mil milhões de euros foram investidos na prospeção e exploração de carvão no país, nos últimos anos.

Falando em Maputo numa reunião sobre as receitas dos recursos minerais, Esperança Bias disse que os avultados investimentos na prospeção e produção de carvão vão permitir que o país produza mais de 50 milhões de toneladas de carvão a partir de 2010.

"Existem condições para, até 2020, o país possa explorar anualmente mais de 50 milhões de toneladas de carvão de coque e carvão térmico. Moçambique é referenciado como podendo vir a ser um dos cinco países maiores exportadores de carvão de coque a nível mundial", enfatizou Esperança Bias.

Em 2012, assinalou a ministra dos Recursos Minerais moçambicana, o país produziu 4,9 milhões de toneladas de carvão em 2012, o maior volume desde o início da exploração do minério.
Esperança Bias afirmou que o Governo concedeu quatro licenças de produção de carvão a igual número de empresas e está em curso a emissão de mais concessões.

A aposta do Governo moçambicano é a construção e reabilitação de infraestruturas para o escoamento do enorme potencial de que o país dispõe, acrescentou a governante.

PMA // VM.

Governo moçambicano quer tornar país "numa verdadeira plataforma logística internacional"

28 de Fevereiro de 2013, 09:18

Maputo, 28 fev (Lusa) - O primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, afirmou hoje que o seu Governo pretende transformar o país "numa verdadeira plataforma logística internacional", apostando no desenvolvimento de infraestruturas ferro-portuárias.

Alberto Vaquina referiu-se ao objetivo de Moçambique de capitalizar a sua posição geográfica, que lhe permite o acesso ao Oceano Índico, falando na abertura da Conferência dos Portos e Logística do Oceano Índico, que se realiza na Beira, capital da província de Sofala, centro de Moçambique.

Em Moçambique, assinalou o primeiro-ministro, estão em curso projetos de construção, reabilitação e modernização de infraestruturas ferro-portuárias nas três regiões do país, nomeadamente, sul, centro e norte, para elevar a capacidade de escoamento de tráfego.

"O Complexo Portuário de Techobanine visa a construção, de raiz, de um porto de águas profundas para navios de grande calado, complementando o Porto de Maputo, bem como construir uma linha férrea ligando Techobanine ao Botsuana e Zimbabué", disse Alberto Vaquina, aludindo ao maior projeto no setor no sul de Moçambique.

Quando o referido complexo portuário entrar em operação, terá capacidade para escoar 100 milhões de toneladas por ano, acrescentou o primeiro-ministro moçambicano.

Alberto Vaquina apontou também empreendimentos em curso no centro e norte, para a criação de capacidade de exportação do carvão extraído das reservas de minérios existentes nas duas regiões.

PMA // VM.

Riqueza de carvão e gás pode levar a "tensões difíceis de gerir" em Moçambique -- Graça Machel

28 de Fevereiro de 2013, 16:30

Maputo, 28 fev (Lusa) -- A riqueza dos recursos minerais moçambicanos, como o carvão e gás natural, pode levar a "tensões difíceis de gerir" caso não seja redistribuída de forma justa, alertou hoje Graça Machel, ativista dos Direitos Humanos e consultora da ONU.

Caso a riqueza não seja distribuída de forma equitativa o país estará a "semear não apenas a suspeita", mas "já a semear o ódio", adiantou Machel, antiga primeira-dama de Moçambique, numa reunião do Banco Africano de Desenvolvimento.

A tensão, adiantou, poderá ser especialmente elevada entre os jovens, que se consideram excluídos do debate sobre a riqueza mineral do país, que está a tornar-se um importante exportador de minério, em especial carvão, e de gás.

"Não faltará muito até que vejamos pessoas marchar nas ruas de Maputo. É simples -- têm fome", disse.

Na reunião dedicada à gestão de receitas de exploração de hidrocarbonetos, Machel afirmou que "isto é uma fonte de agitação política (...) e pode levar a tensões que serão extremamente difíceis de gerir".

Nos últimos anos têm vindo a ser identificadas reservas de gás de grandes dimensões em Moçambique, estimadas em 100 biliões de pés cúbicos, o que faz do país um produtor de nível mundial, atraindo grandes multinacionais para o seu setor energético.

O país poderá arrecadar dezenas de milhares milhões de dólares em receitas de exploração de gás nos próximos anos.

"Subitamente, deixamos de ser o mais pobre dos pobres para nos tornarmos potencialmente no terceiro maior produtor de gás no mundo e as perspetivas para o país mudaram completamente de um dia para o outro", disse Machel.

A maior parte das reservas de gás têm vindo a ser identificadas na bacia do Rovuma (norte), ao largo da província de Cabo Delgado, das mais pobres do país.

"Vemos também uma das província que é a mais pobre entre as pobres a ver-se como a mais rica", adiantou Graça Machel.

Viúva do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, e mulher do ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela, Graça é membro da organização The Elders ("Os Anciãos"), um grupo de líderes internacionais independentes dedicado à Paz e Direitos Humanos, além de perita da ONU para o impacto dos conflitos armados nas crianças.

Em 2012, foi escolhida pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, como um dos 26 elementos do grupo encarregue de preparar a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, sucessora dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, juntamente com as também lusófonas Emília Pires, Graça Machel e Vanessa Corrêa.

Esta semana, a ministra dos Recursos Minerais de Moçambique, Esperança Bias, afirmou que mais de 3,8 mil milhões de euros foram investidos na prospeção e exploração de carvão no país, nos últimos anos.

Falando em Maputo numa reunião sobre as receitas dos recursos minerais, Esperança Bias disse que os avultados investimentos na prospeção e produção de carvão vão permitir que o país produza mais de 50 milhões de toneladas de carvão a partir de 2010.

Em 2012, assinalou a ministra dos Recursos Minerais moçambicana, o país produziu 4,9 milhões de toneladas de carvão em 2012, o maior volume desde o início da exploração do minério.

A aposta do Governo moçambicano é a construção e reabilitação de infraestruturas para o escoamento do enorme potencial de que o país dispõe, acrescentou a governante.

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