Adriana Moysés –
RFI – foto AFP PHOTO/ RIA-NOVOSTI POOL / ALEXEI NIKOLSKY
Em um café da manhã
nesta quarta-feira em Durban, os líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul lançaram o Conselho Empresarial do Brics. A presidente Dilma
Rousseff fez um breve discurso e afirmou que o conselho complementa os esforços
da integração estratégica dos emergentes "com uma visão generosa para a
Africa
Segundo Dilma, o
estreitamento dos laços políticos, econômicos e comerciais do Brics "vai
definir os rumos da história." O Brasil será representado no Conselho por
Murilo Ferreira, diretor-presidente da Vale, Harry Schmelzer Jr., da Weg (carrosserias),
José Rubens de la Rosa, da Marco Polo, Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do
Conselho de Administração do grupo Gerdau, e Aldemir Bendine, presidente do
Banco do Brasil.
Dilma lembrou que
no ano passado, pela primeira vez, os países em desenvolvimento atraíram mais
investimentos que os paises avançados, US$ 263 bilhões no total, e o Brasil
captou cerca de 20% de investimentos externos diretos (US$ 65 bilhões), ficando
em quarto lugar no ranking mundial.
Os países do Brics
resistiram bem à crise global e acumulam US$ 4,5 trilhões de reservas, destacou
a presidente. Das 500 maiores empresas do mundo, 36 são de países emergentes, o
que demonstra a importância do aprofundamento dos laços políticos e comerciais
do grupo.
Dilma declarou que
o Brasil precisa renovar e desenvolver sua infraestrutura. Ela fez uma reflexão
que o país está próximo de superar a miséria, e a integração de novos
consumidores amplia as necessidades de infraestrutura. «Além de ser uma questao
ética, é uma questao econômica pois amplia nossos mercados internos », disse.
Pelos cálculos do
governo, são necessários US$ 250 bilhões de dólares de investimentos diretos
nos próximos dez anos. A presidente comentou as necessidades na área de
energia, que vai exigir recursos públicos e privados, nacionais e
internacionais nos projetos de infraestrutura. Os outros países do Brics estao
sendo convidados a aumentar suas participações nesses projetos.
O empresário Rubens
de la Rosa, CEO da Marco Polo e integrante do novo Conselho de Empresários do
Brics, apontou pontos que atravancam a ação das empresas nos países do grupo.
"Uma de nossas prioridades é criar tratamentos equânimes entre os
emergentes, facilitar os trâmites trabalhistas e tributários", disse De la
Rosa.
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