Agostinho Gayeta –
Voz da América
Deste grupo fazem
parte, crianças e mulheres grávidas, que na tentativa da materialização do
sonho da casa própria, arriscam a própria vida.
Em Luanda, apesar
da falta de informação e das incertezas sobre a continuidade das vendas,
dezenas de cidadãos continuam a passar noites ao relento, há vários dias na
centralidade do Kilamba, com intuito de se habilitar a aquisição de uma
residência.
Deste grupo fazem parte, crianças e mulheres grávidas que na tentativa da
materialização do sonho da casa própria, arriscam a própria vida e o emprego.
A Associação
Justiça Paz e Democracia diz que a situação porque passam os cidadãos para
aquisição de residências põe em causa a lisura do processo e configura uma
negação ao direito de acesso à habitação. O gestor do projecto transparência e
boa governação da AJPD, Serra Bango, apela um esclarecimento deste
processo.
O projecto habitacional da centralidade do Kilamba, no entender do Jurista
Pedro Kaparakata, está a beneficiar os que já possuem residências.
O presidente do Centro de Estudos Populorum Progressio, associação cívica
cultural, considera a situação um atentado grave à vida dos cidadãos. Domingos
das Neves diz que o momento é oportuno para o que o MPLA partido que governa o
interceda para regularizar a situação.
Neste rol de incertezas sobre a realização ou não do sonho da casa própria não
estão apenas os que pretendem fazer a inscrição pela primeira vez.
Francisco António, já cumpriu com todas as formalidades e critérios para se
habilitar à uma residência na centralidade do KM 44, resta-lhe apenas entregar
à SONIP o comprovativo do pagamento feito à unidade bancária e receber as
chaves da sua futura casa, mas lamentou a falta de informação sobre o andamento
do processo.
Uma questão que muito está a preocupar alguns membros da sociedade civil é o
modo de pagamento das residências, principalmente no que respeita à renda
resolúvel sem capital inicial, em que os interessados são obrigados a pagar
antecipadamente a renda anual da habitação que pretendem.
O Jurista Pedro Kaparakata entende que a Procuradoria-Geral da República devia
levar às barras do tribunal a entidade encarregada pela venda dos apartamentos,
mas manifestou alguns receios em relação a alguns órgãos judicias do país.
Ouça a reportagem do Agostinho Gayeta: Sonho
de casa própria faz cidadãos passarem noites ao relento
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