MSE – JCS - Lusa
Díli, 17 mar (Lusa)
- A polícia timorense (PNTL) realizou hoje uma operação para desmobilizar o
grupo de ex-veteranos do Conselho Popular de Defesa da República de Timor-Leste
(CPD-RDTL), que estava a ocupar terras em Welahulu, no distrito de Manufahi.
"Esta manhã
iniciamos a operação, o terreno está vazio. Houve um elemento que resistiu,
todos os outros colaboraram", afirmou à agência Lusa, contactado por
telefone, o comandante-geral da PNTL, comissário Longuinhos Monteiro.
Segundo o
comissário Longuinhos Monteiros, no terreno estavam 158 elementos, que estão a
ser organizados em grupos para regressarem aos seus distritos.
"A operação
foi um sucesso e durou 45 minutos", disse o comandante-geral da PNTL,
salientando que a PNTL cumpriu o mandado emitido pelo governo no início do mês
de março.
O CDP-RDTL é um
grupo de ex-veteranos timorenses que realizou, após a restauração da
independência, várias manifestações em Díli a exigir o reconhecimento da
independência proclamada em 1975, bem como a saída das organizações
internacionais.
No final de 2012, o
grupo deslocou-se para o distrito de Manufahi, a cerca de 80 quilómetros a sul
de Díli, onde começou a ocupar terras sob pretexto de as cultivar para ajudar o
governo e a economia do país.
No passado dia 05,
o governo timorense acusou o grupo de ex-veteranos de violar a lei e
desrespeitar os direitos humanos e instruiu a PNTL para adotar medidas
adequadas para o restabelecimento da paz social.
Segundo o governo,
a medida teve como objetivo proteger a população local, os seus bens e meios de
sobrevivência e "prevenir um eventual agravamento da situação de segurança
provocada pela ocupação ilegal de terrenos".
Na sequência da
decisão do governo, o vice-primeiro-ministro, Fernando La Sama de Araújo,
anunciou na quarta-feira a criação de uma comissão, depois de um encontro com
uma delegação do grupo de ex-veteranos, para tentar arranjar uma solução e pôr
fim à ocupação de terrenos.
"Ontem
(sábado) estive no terreno e procuramos uma solução para evitar outras formas
de atuação. As condições do governo não foram aceites", acrescentou o
comissário Longuinhos Monteiro.
Em declarações à
Lusa, o líder do grupo de ex-veteranos, António Matak, disse que a polícia
atuou e levou as pessoas, mas que ainda "não tinham chegado a uma
solução" no âmbito das negociações com a comissão, criada pelo governo.
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