sábado, 9 de março de 2013

PORTUGUESES CONTRA MAIS CORTES DECLARAM A ILEGITIMIDADE DO GOVERNO E DE CAVACO



Portugueses contra os cortes de quatro mil milhões

Teresa Camarão - Expresso

Decisão do Governo em reduzir a despesa pública não é bem acolhida pelos portugueses, segundo a sondagem para o Expresso e SIC feita pela Eurosondagem.

A maioria dos portugueses está contra o corte na despesa do Estado que o Governo quer fazer e acredita que a troika composta pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu vai flexibilizar o programa português.

A Sondagem Expresso/SIC/Eurosondagem procurou traçar em linhas gerais quais são as expectativas dos inquiridos em relação à flexibilização do programa de ajustamento e se concordam ou não com a intenção do Governo cortar quatro mil milhões de euros nas despesas do Estado. 

Os resultados indicam que 51,4% acreditam que a troika poderá vir a renegociar os prazos estipulados pelo memorando, enquanto 36,7% dos inquiridos não acreditam nessa possibilidade.  
     
Em relação aos cortes de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado, com vista a atingir a meta do défice, 61,1% dos inquiridos está contra a intenção do Governo e 32,6% a favor.

Cavaco desce na popularidade

Teresa Camarão - Expresso

Barómetro da Eurosondagem para o Expresso e SIC do mês de março mostra uma queda na popularidade do Presidente da República, e uma subida do PS nas intenções de voto

O PS lidera as intenções de voto e sobe na sondagem, Cavaco e o PSD estão em queda e António José Seguro é o político mais popular em Portugal, segundo os dados da Sondagem Expresso/SIC relativa ao mês de março.

No que toca às intenções de voto, os social democratas perdem 11,6% em relação às últimas legislativas e 0,6% relativamente ao barómetro do mês de Fevereiro. O partido de Passos Coelho já está a 8,2 pontos do PS, que, têm traçado o caminho inverso e volta a assistir a um aumento das intenções de voto. Os socialistas contam já com 35,2 pontos percentuais, mais 7,1% do que alcançaram nas últimas eleições legislativas, mais 1,1% do que no último barómetro.

A CDU é hoje o terceiro partido dos portugueses, isto na medida em que, desde as últimas eleições, viu aumentar as intenções de voto em 4,2%, atingindo já os 12,1%.

O outro partido do Governo de coligação, o CDS, assistiu, desde as legislativas, a uma diminuição das intenções de voto num valor de 2,7%, contanto agora com 9%.

Já o Bloco viu aumentar as intenções de voto em 2,8% e está apenas a um ponto do partido de Paulo Portas. 

Aos olhos dos portugueses, António José Seguro continua a liderar no plano da popularidade dos políticos nacionais, isto, ao contrário de Pedro Passos Coelho e do Governo, em queda. 

Mas, a maior queda de popularidade não pertence ao Primeiro-Ministro, pertence sim ao Presidente da República, Cavaco Silva, que desde a Sondagem Expresso/SIC perdeu 5,2%. A Assembleia da República foi o órgão de soberania que assistiu ao maior aumento, 3,7%. 

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Opinião Página Global

Não era possível os portugueses proporcionarem outro resultado nas sondagens que acima são referidas. Só se fossem tão estúpidos e masoquistas quanto Cavaco Silva, o governo e seus comparsas displicente e erradamente os consideram.

Tem sido bastante evidente que nem governo nem presidente da República têm legitimidade democrática para continuarem a exercer os atuais cargos, Estão pendurados na legitimadade dos resultados das últimas eleições que se realizassem agora os deporiam dos poderes. A democracia não se esgota permanentemente nos resultados das eleições. O facto de os políticos serem eleitos não lhes dá o direito de governarem ou comportarem-se contrariamente ao que prometeram nas campanhas eleitorais. Principalmente quando governo se comportam de costas viradas para os que os elegeram. Se fossem realmente honestos demitir-se-iam e se quisessem fariam novas propostas em novas eleições. Então sim, se fossem novamente eleitos teriam legitimidade democrática. É evidente que na atualidade não têm essa legitimidade. Grosso modo mas de facto os portugueses estão a sobreviver numa ditadura mascarada de democracia e um dos principais mentores e sustentáculo desta situação é Cavaco Silva, o PR sem legitimidade democrática para prosseguir a habitar o Palácio de Belém, nem muito menos continuar a constituir-se PR contra a vontade dos portugueses de quem ele não é presidente. Pior que Cavaco Silva naquela ilegitimidade só os do governo que ele quer manter a todo o transe, contra tudo e contra todos.

*Título PG

1 comentário:

Anónimo disse...

A PORTUGAL FALTA A CORAGEM DUM HUGO CHAVEZ, OU DUM PARTIDO COMO O PSU, POVO JÁ O TÊM!!!

BASTA RATIFICAR DE NOVO O 25 DE ABRIL!!!

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