Portugueses contra
os cortes de quatro mil milhões
Teresa Camarão -
Expresso
Decisão do Governo
em reduzir a despesa pública não é bem acolhida pelos portugueses, segundo a
sondagem para o Expresso e SIC feita pela Eurosondagem.
A maioria dos portugueses está contra o corte na despesa do Estado que o
Governo quer fazer e acredita que a troika composta pelo FMI, pela
Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu vai flexibilizar o programa
português.
A Sondagem
Expresso/SIC/Eurosondagem procurou traçar em linhas gerais quais são as
expectativas dos inquiridos em relação à flexibilização do programa de
ajustamento e se concordam ou não com a intenção do Governo cortar quatro mil
milhões de euros nas despesas do Estado.
Os resultados
indicam que 51,4% acreditam que a troika poderá vir a renegociar os
prazos estipulados pelo memorando, enquanto 36,7% dos inquiridos não acreditam
nessa possibilidade.
Em relação aos
cortes de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado, com vista a atingir
a meta do défice, 61,1% dos inquiridos está contra a intenção do Governo e
32,6% a favor.
Cavaco desce na
popularidade
Teresa Camarão -
Expresso
Barómetro da
Eurosondagem para o Expresso e SIC do mês de março mostra uma queda na
popularidade do Presidente da República, e uma subida do PS nas intenções de
voto
O PS lidera as intenções de voto e sobe na sondagem, Cavaco e o PSD estão
em queda e António José Seguro é o político mais popular em
Portugal, segundo os dados da Sondagem Expresso/SIC relativa ao mês de
março.
No que toca às
intenções de voto, os social democratas perdem 11,6% em relação às últimas
legislativas e 0,6% relativamente ao barómetro do mês de Fevereiro. O partido
de Passos Coelho já está a 8,2 pontos do PS, que, têm traçado o caminho inverso
e volta a assistir a um aumento das intenções de voto. Os socialistas contam já
com 35,2 pontos percentuais, mais 7,1% do que alcançaram nas últimas eleições
legislativas, mais 1,1% do que no último barómetro.
A CDU é hoje o
terceiro partido dos portugueses, isto na medida em que, desde as últimas
eleições, viu aumentar as intenções de voto em 4,2%, atingindo já os 12,1%.
O outro partido do
Governo de coligação, o CDS, assistiu, desde as legislativas, a uma diminuição
das intenções de voto num valor de 2,7%, contanto agora com 9%.
Já o Bloco viu
aumentar as intenções de voto em 2,8% e está apenas a um ponto do partido de
Paulo Portas.
Aos olhos dos
portugueses, António José Seguro continua a liderar no plano da popularidade
dos políticos nacionais, isto, ao contrário de Pedro Passos Coelho e do
Governo, em queda.
Mas, a maior queda
de popularidade não pertence ao Primeiro-Ministro, pertence sim ao Presidente
da República, Cavaco Silva, que desde a Sondagem Expresso/SIC perdeu
5,2%. A Assembleia da República foi o órgão de soberania que assistiu ao
maior aumento, 3,7%.
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Opinião Página
Global
Não era possível os
portugueses proporcionarem outro resultado nas sondagens que acima são referidas. Só
se fossem tão estúpidos e masoquistas quanto Cavaco Silva, o governo e seus
comparsas displicente e erradamente os consideram.
Tem sido bastante
evidente que nem governo nem presidente da República têm legitimidade democrática
para continuarem a exercer os atuais cargos, Estão pendurados na legitimadade
dos resultados das últimas eleições que se realizassem agora os deporiam dos
poderes. A democracia não se esgota permanentemente nos resultados das eleições. O facto de os políticos
serem eleitos não lhes dá o direito de governarem ou comportarem-se contrariamente
ao que prometeram nas campanhas eleitorais. Principalmente quando governo se
comportam de costas viradas para os que os elegeram. Se fossem realmente
honestos demitir-se-iam e se quisessem fariam novas propostas em novas eleições.
Então sim, se fossem novamente eleitos teriam legitimidade democrática. É
evidente que na atualidade não têm essa legitimidade. Grosso modo mas de facto
os portugueses estão a sobreviver numa ditadura mascarada de democracia e um
dos principais mentores e sustentáculo desta situação é Cavaco Silva, o PR sem legitimidade
democrática para prosseguir a habitar o Palácio de Belém, nem muito menos continuar a constituir-se PR contra a vontade dos portugueses de quem ele não é
presidente. Pior que Cavaco Silva naquela ilegitimidade só os do governo que
ele quer manter a todo o transe, contra tudo e contra todos.
*Título PG
1 comentário:
A PORTUGAL FALTA A CORAGEM DUM HUGO CHAVEZ, OU DUM PARTIDO COMO O PSU, POVO JÁ O TÊM!!!
BASTA RATIFICAR DE NOVO O 25 DE ABRIL!!!
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