sexta-feira, 15 de março de 2013

Presidente da República diz que negociação sobre despedimentos coletivos foi difícil

 


PLI - HFI – PGF - Lusa
 
O Presidente da República, Cavaco Silva, referiu hoje, em Vila Flor, que a negociação sobre os despedimentos por indemnização foi “difícil” e que o resultado foi o “possível”.
 
“Foi uma negociação difícil e esse deve ter sido o resultado possível e que penso teve o próprio acordo dos parceiros sociais”, afirmou o Chefe de Estado durante uma visita a uma fábrica de cogumelos, em Vila Flor.
 
O Governo anunciou hoje que foram acordados com a 'troika' novos limites de compensação por despedimento a receber pelos trabalhadores, que foram reduzidos para os 12 dias no caso dos novos contratos.
 
"Apenas os novos contratos permanentes, ou seja sem termo, passarão a 12 dias, e todos os outros terão 18 dias de indemnização para os primeiros três anos, e passarão a 12 nos seguintes, sem prejuízo dos direitos adquiridos", disse Carlos Moedas, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro durante a apresentação das conclusões da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica.
 
Os novos contratos permanentes vão passar a ter um limite de 12 dias por cada ano de trabalho e, para todos os outros contratos, o limite passa a ser de 18 dias por cada ano de trabalho nos três primeiros anos e 12 dias por cada ano de antiguidade nos seguintes.
 
“A informação que tive é de que tinha sido encontrado um compromisso envolvendo também os parceiros sociais”, salientou.
 
Em relação à taxa de desemprego, que o Governo espera que cresça para mais de 18% já este ano, passando dos 15,7% em 2012 para 18,2% este ano e continuará a subir em 2014 atingindo um novo máximo histórico de 18,5%.
 
“Os números do desemprego em Portugal já são neste momento dramáticos”, afirmou Cavaco Silva.
 
Para o Presidente da República, a única forma de inverter esta situação é através do “crescimento económico”, que exige “mais investimento e mais exportações” .
 
“Por isso, aquilo que pode ser feito para restaurar a confiança para trazer mais financiamento para as nossas empresas, para que elas possam investir, é a resposta que nós devemos dar a este drama que é o desemprego”, sublinhou.
 

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