Opera Mundi – São Paulo
Declaração vem um
dia depois de o Conselho de Segurança aprovar novas sanções contra a nação
comunista
A Coreia do Norte
considera inevitável uma Segunda Guerra da Coreia, de acordo com nota da
agência estatal KCNA. O país adotou essa portura após a
manutenção das atividades militares entre EUA e Coreia do Sul e a renovação das
sanções que o Conselho de Segurança impôs à nação comunista nesta quinta-feira
(07/03).
Um porta-voz do Ministério do Exterior emitiu declaração dizendo que os EUA
estão se esforçando para provocar uma guerra nuclear ao reprimir a Coreia do
Norte – para assim “controlar a península coreana inteira e assegurar um porto
seguro enquanto avança na Eurásia“. Um comício foi organizado na Praça Kim Il-Sung
com cidadãos, militares e oficias do governo, chegando a 100 mil pessoas,
segundo a agência.
Além disso, o país
confirmou que está encerrando todos os pactos de não agressão e de desarmamento
nuclear que tem com o vizinho do sul e que vai fechar a fronteira entre os dois
países, sublinhando que responderá com “retaliações esmagadoras".
A medida do governo comunista é uma resposta à resolução 2.094 do Conselho de
Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que estabelece sanções ao país.
A resolução atinge
diplomatas norte-coreanos, transferências de dinheiro e acesso a bens de luxo.
As sanções também incluem congelamento de ativos e proibição de viagens
internacionais envolvendo três indivíduos e duas companhias ligadas às Forças
Armadas norte-coreanas.
A ação punitiva da ONU se deu em resposta a um teste nuclear feito pelos
norte-coreanos em 12 de fevereiro deste ano.
A Coreia do Norte informou também que os exercícios militares conjuntos feitos pelos Estados Unidos
representam uma preparação para um ataque nuclear preventivo contra o país.
As manobras militares conjuntas de Coreia do Sul e Estados Unidos, chamadas de
“Foal Eagle”, foram iniciadas na região em 1º de março e irão até 30 de abril,
com 10 mil tropas dos EUA e 200 mil da Coreia do Sul. A próxima ação militar,
chamada de “Key Resolve”, envolverá 10 mil tropas sul-coreanas e 3.500
norte-americanas e treinará prontidão de defesa.
Apesar de Seul creditar as operações como anuais e defensivas, Pyongyang as
denuncia como “uma ação irresponsável e perigosa” que desestabilizará ainda
mais a situação. Em nota da KCNA, um trabalhador dos correios, Pak Um
Gyong, diz que “os inimigos nunca conseguem esconder a verdade de um ato
criminal imperdoável de trazer o perigo de uma guerra nuclear”.
O apoio da China às últimas decisões do Conselho de Segurança são vistas com
ceticismo por alguns especialistas. Marcus Noland, do Instituto Peterson para
Economia Internacional, disse a The Guardian que “se o governo chinês
realmente escolhesse forçar a resolução 2094, poderia interromper, se não
finalizar, as atividades de proliferação nuclear da Coreia do Norte.
Infelizmente, porém, se comportamentos anteriores servem de guia, isso é
improvável de acontecer“. O embaixador chinês na ONU, Li Baodong, disse a
repórteres que Pequim desejava “completa implementação“ da resolução.
* Com informações de Agência Brasil, KCNA e The Guardian
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