Fernando Mazanga,
porta-voz do partido Renamo, disse que os discursos de pacificação feitos pelo
governo não passam apenas disso.
William Mapote –
Voz da América
A Renamo acusou o
governo moçambicano de falta de seriedade e de pouco fazer para responder à
abertura manifestada pelo partido para um diálogo aberto de modo a pôr fim à
crise política agudizada recentemente pelos ataques em Muxúnguè.
Falando em Maputo
numa conferência de imprensa, Fernando Mazanga, porta-voz do partido Renamo,
disse que os discursos de pacificação feitos pelo governo não passam apenas
disso e desafiou o presidente da república a sair do discurso para acções
concretas.
“Chegou o tempo de o chefe de estado passar das palavras à acção, do anonimato
ao nome sonante que ele ostenta e resolver com sabedoria os problemas que o
país enfrenta, derivados do ruído comunicacional”, salientou Mazanga.
Segundo Mazanga, os encontros realizados na semana passada, foram apenas meros
gestos que não deram em
nada.
A Renamo “saudou” os posicionamentos manifestados pelos grupos da sociedade
civil, incluindo os bispos da igreja católica, que comungam os apelos ao
diálogo e exortou para que os esforços continuem, no sentido de demover o chefe
de estado a ouvir a sua voz.
“É tempo de todas as forças vivas se unirem para exigirao governo a resolução
do diferendo que o opõe aos moçambicanos”, disse o porta-voz da Renamo,
salientando a necessidade de um envolvimento nacional para o fim da crise.
Como que em jeito de resposta, o governo emitiu nesta tarde, um comunicado em
que anuncia a constituição de uma equipa para as conversações com a Renamo.
A equipa é liderada por José Pacheco, actual ministro da agricultura e membro
da comissão política do partido Frelimo.
A primeira ronda negocial está agendada para a próxima segunda-feira.
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