segunda-feira, 15 de abril de 2013

Portugal: CDS-PP DISPONÍVEL PARA DIÁLOGO COM O PS




Diário de Notícias - Lusa, publicado por Susana Salvador - ontem

O porta-voz do CDS-PP, João Almeida, afirmou hoje que o partido está disponível para o diálogo com o PS e que o Governo não pode prescindir dessa disponibilidade para negociar, que tem de ser "real" de "ambas as partes".

"É necessária disponibilidade real de ambas as partes, o discurso é apenas uma consequência da existência ou não dessa disponibilidade real para negociar. Acho que o Governo não pode prescindir dela e acho que o Partido Socialista não pode ver nenhum interesse numa radicalização que não leva o país a nenhuma consequencia positiva", afirmou João Almeida.

No final da reunião do Conselho Nacional do CDS-PP, em que foi reafirmada "a importância da concertação política e social", João Almeida transmitiu que o partido valorizou, "de forma muito significativa, o papel desempenhado pela UGT" e assinalou que o papel do PS, "radicalizando o debate político, mostrando-se indisponível para consensos, prejudica em muito aquele que deve ser o processo seguido por Portugal, de um ajustamento sereno".

Questionado se para procurar estabelecer um consenso com o PS, o CDS vai, por exemplo, dirigir uma carta aos socialistas, João Almeida respondeu que "essa tendência epistolar não se aplica ao momento atual".

"A questão não passa por cartas, mas pela capacidade dos dois lados de haver propostas, de analisar propostas de uma forma serena e consciente, sejam essas propostas do Partido Socialista ou do Governo", afirmou.

"É essencial quando alguma das partes apresenta propostas que a outra esteja disponível para as considerar, para as debater e perceber uma coisa: é muito mais importante a capacidade de construir consensos do que especificidade de qualquer proposta em concreto", sublinhou.

Segundo João Almeida, essa é a "disponibilidade que o CDS tem manifestado e continuará a manifestar para participar neste diálogo, valorizando não só a concertação política, mas a concertação social e o diálogo com os parceiros sociais".

"Qualquer reforma que seja feita em Portugal neste momento, e não tiver o acordo da concertação social, é uma reforma que terá muita dificuldade em ser concretizada", disse.

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