Diário de Notícias
- Lusa, publicado por Susana Salvador - ontem
O porta-voz do
CDS-PP, João Almeida, afirmou hoje que o partido está disponível para o diálogo
com o PS e que o Governo não pode prescindir dessa disponibilidade para
negociar, que tem de ser "real" de "ambas as partes".
"É necessária
disponibilidade real de ambas as partes, o discurso é apenas uma consequência
da existência ou não dessa disponibilidade real para negociar. Acho que o
Governo não pode prescindir dela e acho que o Partido Socialista não pode ver
nenhum interesse numa radicalização que não leva o país a nenhuma consequencia
positiva", afirmou João Almeida.
No final da reunião
do Conselho Nacional do CDS-PP, em que foi reafirmada "a importância da
concertação política e social", João Almeida transmitiu que o partido
valorizou, "de forma muito significativa, o papel desempenhado pela
UGT" e assinalou que o papel do PS, "radicalizando o debate político,
mostrando-se indisponível para consensos, prejudica em muito aquele que deve
ser o processo seguido por Portugal, de um ajustamento sereno".
Questionado se para
procurar estabelecer um consenso com o PS, o CDS vai, por exemplo, dirigir uma
carta aos socialistas, João Almeida respondeu que "essa tendência
epistolar não se aplica ao momento atual".
"A questão não
passa por cartas, mas pela capacidade dos dois lados de haver propostas, de
analisar propostas de uma forma serena e consciente, sejam essas propostas do
Partido Socialista ou do Governo", afirmou.
"É essencial
quando alguma das partes apresenta propostas que a outra esteja disponível para
as considerar, para as debater e perceber uma coisa: é muito mais importante a
capacidade de construir consensos do que especificidade de qualquer proposta em
concreto", sublinhou.
Segundo João
Almeida, essa é a "disponibilidade que o CDS tem manifestado e continuará
a manifestar para participar neste diálogo, valorizando não só a concertação
política, mas a concertação social e o diálogo com os parceiros sociais".
"Qualquer
reforma que seja feita em Portugal neste momento, e não tiver o acordo da
concertação social, é uma reforma que terá muita dificuldade em ser
concretizada", disse.
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