quarta-feira, 17 de abril de 2013

Portugal: ENCONTRO TROIKA-PASSOS COM SEGURO FOI MAIS UMA CENA DE VÍGAROS




"Não houve nada de novo, Governo e troika insistem na austeridade" - Seguro

Notícias ao Minuto

Em conferência de imprensa na sede do PS, António José Seguro falou, esta quarta-feira, sobre os encontros que teve com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em S. Bento, e com os representantes da troika, revelando que, “no essencial, não houve nada de novo nas duas reuniões”. Seguro reiterou ainda a necessidade de mudar a política de austeridade que tem sido seguida, com uma aposta numa agenda para o crescimento e emprego.

No Largo do Rato, na sede do PS, António José Seguro revelou, esta tarde, que, “no essencial, não houve nada de novo nas duas reuniões” que teve hoje com o primeiro-ministro, Passos Coelho, e com os representantes da troika, salientando que “tanto o Governo como a troika insistem na via da austeridade”. Uma política que, sublinhou o socialista, “não atinge nenhum dos objectivos do memorando, provoca mais desemprego, uma espiral recessiva e o empobrecimento do nosso País”.

Questionado sobre o convite feito por Passos Coelho, o líder socialista afirmou que não só o PS como “todo o País ficou surpreendido pela iniciativa do primeiro-ministro”, frisando porém que o convite “significa apenas que da parte do Governo houve uma mudança de atitude”, lembrando que “depois de conhecidos os resultados de 2012, e avaliação de 2013, o PS teve oportunidade de escrever à troika, de agendar um debate de urgência no Parlamento, mas da parte do primeiro-ministro houve sempre uma indisponibilidade para aceitar as propostas do PS”. Propostas essas que, Seguro garantiu ter “reafirmado” no encontro com Passos.

"O PS não apoiará medidas que visem desmantelar o Estado social, defende a renegociação das nossas condições de ajustamento com o objectivo de o país dotar-se de um programa realista e credível, tendo em conta as consequências sociais (o desemprego) e económicas. Reafirmo a necessidade de o nosso País se dotar de uma agendas para o crescimento e emprego", frisou o secretário-geral do PS, sustentando que Portugal tem de estabilizar a sua economia "investindo, garantindo financiamento a taxas a juros adequados para as nossas empresas e políticas de fomento da procura interna", disse. Neste contexto, António José Seguro disse ter reafirmado "o objectivo nacional de Portugal de regressar aos mercados", frisando que "tudo faremos para que tal aconteça, tal como tudo fizemos para que o País beneficiasse de mais tempo para o pagamento de parte da ajuda externa", acrescentou.

O líder do PS esclareceu também que há duas formas de submissão à troika: “submetermo-nos ao que a troika quer aplicar”, ou seja, austeridade; ou demonstrarmos "à troika que a política que está a ser aplicada não produz resultados objectivos”, como provam “o défice e dívida acima do previsto”, e “provoca menos economia, destruição do aparelho produtivo e desemprego”.

Contudo, destacou Seguro, “ao olhar para isto a troika tenta corrigir a via da austeridade. Ora não há possibilidade, o que há necessidade é de mudar de caminho” e essa mudança deve ser feita “ao nível da zona euro e da União Europeia”, defendendo que “a actual política europeia não é amiga da economia”.

No final de cerca de 30 minutos de conferência, António José Seguro recordou ainda que "desde o início o Governo ignorou os nossos alertas e fomos sempre, sempre ignorados, até ontem (terça-feira)", sublinhando que durante esse tempo "perdemos dois anos".

Governo não está de "boa-fé" para "obter acordo que nunca procurou" - Seabra

Notícias ao Minuto

O deputado socialista Manuel Seabra afirmou esta quarta-feira que só rompendo com a austeridade a maioria poderá contar com o PS, acusando o Governo de não estar "de boa-fé" ao chamar o PS para "obter o acordo que nunca procurou".

"De uma vez por todas, rompam a austeridade. E aí, sim, senhores deputados, poderão contar com o PS", afirmou Manuel Seabra.

O deputado do PS falava durante o período de declarações políticas no plenário da Assembleia da República.

Cerca de meia hora antes do início da conferência de imprensa do secretário-geral do PS, António José Seguro, agendada para as 17h00, depois de se ter reunido com o primeiro-ministro e, depois, com a troika, Manuel Seabra disse que os socialistas não estão mais disponíveis a "compromissos com a austeridade".

"Não está de boa-fé quem nunca chamou o PS para negociação, não está de boa-fé quem sempre entendeu que o PS era dispensável, não está de boa-fé quem fez solenes declarações de objecção às alternativas socialistas e depois, por simples imposição da ‘troika', quer obter do PS o acordo que nunca procurou", defendeu.

"Devo dizer que, fossem outros os caminhos, e por imperativo nacional sempre acederia à negociação", sublinhou.

*Título PG

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